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O que fazer quando as pessoas reagem negativamente ao anúncio da gravidez

PREGNANT WOMAN
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Anna O'Neil - publicado em 20/01/19
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“Quantos quartos você tem?”, foi o que mãe ouviu certa vezPerguntei a alguns pais e mães se eles, ao anunciar a gravidez, já tinham recebido comentários de desapontamento e desaprovação – em vez de alegria e comemoração – e as histórias vieram à tona.

A sogra de alguém respondeu: “bem, eu não sou babá”. Isso foi para o segundo filho. Para o terceiro, ela não respondeu nada.

Outra mulher anunciou a gravidez de seu quinto filho e não ouviu “que maravilhoso!”, mas “quantos quartos você tem em sua casa?”.

Alguns casais temiam anunciar a notícia para alguns membros da família, e alguns escondiam a gravidez pelo maior tempo possível, sem vontade de lidar com a resposta fria.

A pessoa que responde sempre acha que há uma boa razão para isso. Os pais são jovens demais ou velhos demais. A família já tem “filhos demais”, ou sua saúde é ruim, ou suas finanças, ou sua segurança no trabalho, ou suas condições de vida… há infinitas justificativas para a desaprovação.

Mas vamos esclarecer uma coisa: mesmo quando há uma lista de problemas, o bebê não é um deles. Um bebê é uma pessoa e uma pessoa nunca pode ser reduzida a um problema.

Mesmo quando o bebê não foi intencionalmente concebido, mesmo quando os pais estão lutando para descobrir como eles vão cuidar de um novo filho em um momento tão inoportuno, esse bebê, no entanto, merece uma recepção alegre.

As circunstâncias do nascimento de Jesus, afinal de contas, eram muito aquém do ideal. Algo que o Papa Bento XVI falou deveria guiar nossa resposta quando um bebê é concebido:

O homem é aquela criatura estranha que não precisa apenas de nascimento físico, mas também apreciação se ele quiser subsistir… Se um indivíduo deve se aceitar, alguém deve dizer a ele: “É bom que você exista” – deve dizê-lo, não com palavras, mas com esse ato de todo o ser que chamamos de amor.

Toda pessoa merece ouvir essa mensagem: “é bom que você exista”. Isso não significa que seus pais – ou qualquer outra pessoa – precisam se sentir em paz, preparados, ou mesmo entusiasmados. Mas toda pessoa precisa ser amada, e o amor começa com o mais simples dos fundamentos: é bom que você exista.

E depois de tudo, podemos dizer: “Como posso ajudar?”. E ao mesmo tempo dizer: “É tão bom que o seu bebê exista”.

Nós, adultos, não estamos imunes a ser um inconveniente impossível para aqueles que nos rodeiam. Nossos próprios problemas podem surgir nos piores momentos possíveis para aqueles que amamos.

Podemos sobrecarregar nossos entes queridos de inúmeras maneiras terríveis. E, no entanto, ainda é bom – melhor do que poderíamos saber – que existamos. É hora de começarmos a lembrar que, se não desejamos um adulto fora da existência, também não devemos fazer isso para um bebê.

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