São 40 cartas com situações cotidianas para que crianças e adolescentes avaliem momentos complexos em que é preciso tomar decisões éticasO recomendado portal Sempre Família publicou uma interessante matéria sobre um jogo de cartas focado em educar – e em educar na ética!
Trata-se do “Jogo dos Dilemas“, composto por 40 cartas que trazem situações cotidianas para que crianças e adolescentes possam reviver ou ensaiar momentos em que é preciso ser ético acima de tudo.
A autora do texto do Sempre Família, Angélica Favretto, observa que “é na infância que as crianças assimilam com maior facilidade os valores passados pelos pais e adquirem a noção de ética que será aprimorada ao longo da vida“. Elas aprendem pelo exemplo muito mais do que pelas palavras.
E foi para estimular a prática da ética mediante exemplos concretos de situações desafiadoras que Viviani Zumpano, atuante há 30 anos no ramo educacional, criou o “Jogo dos Dilemas”. Especialista em problemas de aprendizagem, Viviani resume:
“Hoje, mais do que nunca, esse é um requisito básico para a evolução do ser humano”.
Como é o jogo
São 40 cartas com situações cotidianas. Viviani comenta:
“Um exemplo de dilema apresentado no jogo: na escola, entre colegas, a criança e um outro aluno acertam e erram o mesmo número de questões, mas o outro tira uma nota maior. O que fazer? Permanecer com sua nota correta e deixar que o amigo tire vantagem ou avisar o professor?”
Outra carta aborda o dilema do roubo e da fome: a mãe de um filho faminto rouba uma lata de leite no supermercado.
Por exigir leitura e interpretação, a faixa etária indicativa para o jogo é de 8 a 14 anos. O recurso pode ser usado por pais, escolas e consultórios, principalmente com crianças que tenham diagnóstico de hiperatividade, déficit de atenção e comportamento impulsivo.
“Em família o jogo é muito útil, justamente porque as crianças se espelham nas atitudes dos pais e, com as propostas das cartas, eles podem debater e apresentar pontos de vista”.
Processo de “ensaio” para a vida real
Um dos grandes ganhos da criança com o jogo é que, se ainda não viveu aquele dilema, ela entra em um “processo de ensaio”.
“Ela experimenta situações e pode refletir e aprender, desenvolvendo o contexto e olhando sob a ótica de um terceiro. Para crianças e adolescentes, muitas vezes, o que fazem de certo está condicionado ao medo. Por ser um jogo que faz refletir, eles optam pelo certo porque é o certo e não porque alguém vai repreendê-los posteriormente”.
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A partir de matéria do Sempre Família