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Inteligência artificial e ética: o Papa recebe o presidente da Microsoft

Ary Waldir Ramos Díaz - publicado em 14/02/19

A preocupação com os impactos das novas tecnologias na sociedade norteou o encontroO Papa Francisco recebeu, em audiência privada, o presidente da Microsoft, Brad Smith. O executivo estava acompanhado pelo presidente da Pontifícia Academia da Vida, o arcebispo Vicenzo Paglia. O encontro aconteceu na casa Santa Marta, residência oficial do Papa no Vaticano.

Durante a reunião, Smith falou sobre a inteligência artificial a serviço do bem comum e sobre algumas atividades para reduzir a brecha digital que ainda persiste no mundo, conforme informou o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti. 

O diário vaticano “L’Osservatore Romano” entrevistou Brad Smith. Ele afirmou que “o uso das redes sociais é complementar ao encontro de carne e osso, que se dá através do corpo, coração, dos olhos, do olhar e da respiração do outro. Se a rede for usada como um prolongamento desse encontro, então não se trai a si mesmo e isso continua sendo um recurso de comunhão”. 

Smith também afirmou que “a evolução da humanidade também pode ser vista em termos de evolução tecnológica”. Sobre a inteligência artificial, o presidente assegurou que a tecnologia está mudando “a forma como trabalhamos e vivemos (…). Toda nova tecnologia com grande impacto social exigirá novas leis”. 

Segundo Andrea Monda, diretor do diário vaticano, Smith disse ao Papa que o mundo precisa da voz da Igreja e da autoridade do Pontífice para recuperar palavras como “ternura”, “carinho” e “fraternidade”.

Smith, que está em Roma para participar de uma conferência sobre democracia digital, explicou que ser especialista em tecnologia e saber como está evoluindo a inteligência artificial e a “cloud” não são garantias de que estes chamados especialistas saibam, de verdade, como será o impacto dessas mudanças na sociedade. 

Por esse motivo, ele convidou o governo, a academia, as empresas e a sociedade civil a se unirem para projetar o futuro. “Cada vez mais precisamos fazer isso, não apenas como uma só comunidade ou país, mas a nível mundial. Cada um de nós tem a responsabilidade de participar e também temos um um importante papel a desempenhar”, disse o executivo. 



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