80% dos que participam da missa dominical são jovensO número de jovens católicos na Islândia já é maior que o de idosos, segundo matéria do National Catholic Register que destaca a consistência do aumento ao longo de mais de uma década, por conta da imigração. Recuperada após a catástrofe econômica de 2008, a Islândia vem atraindo muitos imigrantes, principalmente do Leste Europeu e da Ásia, para setores como turismo, pesca e tecnologia.
Dom David Tencer, bispo da capital Reykjavik, observa que os membros da Igreja católica no país têm cerca de 100 idiomas nativos diferentes. A maior parte deles é composta por poloneses.
As duas dioceses católicas que existiam na ilha até o século XVI se tornaram luteranas com a Reforma Protestante. Missionários católicos só retornaram com estabilidade ao país em 1857. A prefeitura apostólica de Reykjavik foi criada em 1923 e se tornou diocese em 1968, compreendendo todo o território da Islândia. Hoje, conforme dom David, a ilha tem a comunidade católica que mais cresce nos países nórdicos, passando de cerca de 1.000 em 1970 para 13.500 hoje, o que equivale a 4% da população total do país. A Islândia inteira tem apenas 338.000 habitantes, menos que a cidade de Florianópolis.
Dentre os católicos, 80% dos que participam da missa dominical são jovens, segundo o bispo da capital, que acrescenta que, num ano recente, o número de batismos (150) foi dez vezes maior que o de funerais (15).
Dos 17 padres católicos que atendem os fiéis na Islândia, 16 são estrangeiros e só um é nativo da ilha: 5 vieram da Polônia, 3 da Eslováquia, 2 da Irlanda, 2 da Argentina, 1 da Alemanha, 1 da França, 1 da República Tcheca e 1 da Grã-Bretanha, hoje aposentado.
Embora as perspectivas sejam muito positivas, dom David mantém o realismo:
“As coisas podem mudar muito rapidamente, então quem sabe onde estaremos daqui a dois ou três anos? Pode haver outra crise, por exemplo, e os estrangeiros que vieram para cá podem se mudar da Islândia para outro lugar”.
Mesmo assim, ele considera com entusiasmo a contribuição desses católicos que vêm de fora:
“Esses imigrantes vêm de muitas culturas diferentes, trazendo maravilhosos elementos de fé, costumes e práticas que eles seguem no Natal e durante outros tempos”.
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Com informações do National Catholic Register e da ACI Digital