Um olhar diferente sobre o cansaço que todas as grávidas enfrentam À medida que avanço no primeiro trimestre da minha gestação, fico lembrando que já passei por isso duas vezes. A fadiga que a gente sente é irreal. Às vezes eu subo as escadas e, depois, tenho que descansar por cinco minutos para me recuperar. Outras vezes, me pego sussurrando respostas aos meus filhos, porque eu não tenho energia para falar no tom normal. Está ficando ridículo…
Toda vez que vou me deitar e deixo as crianças assistindo Netflix, penso no que eu estaria fazendo se eu fosse aquela pessoa que eu conhecia, sempre cheia de energia, criatividade e alegria. Talvez eu estivesse lendo para as crianças, fazendo caminhadas ou artesanato. Talvez eu estivesse lidando com aquela montanha de pratos, fazendo aqueles telefonemas ou regando as plantas
Eu sei que meu corpo está jogando todos os seus recursos no crescimento e na saúde deste bebê, mas é difícil que isso pareça normal para mim. O que parece real é o pensamento de que eu não sou o suficiente: não consigo me esforçar o suficiente, não sou forte o suficiente, não faço o suficiente.
Esses pensamentos nem me surpreendem mais. Minha autoestima sempre esteve amarrada ao que eu faço. Não deveria ser assim, mas como é um hábito que levou anos para se formar, eu espero que demore um pouco para acabar também.
Sim, eu consigo enfrentar esta gravidez. O que eu não consigo enfrentar é a perspectiva de ficar completamente desapontada comigo pelos próximos oito meses.
Mas e se, em vez de usar a fadiga como prova de minha própria falta de suficiência, eu a usar como uma oportunidade para dar uma base diferente ao meu autorrespeito? Grávida ou não, vou precisar saber que quando estou fazendo o meu melhor isso é o suficiente – mesmo que o meu melhor não seja algo digno de uma postagem no Instagram. Mesmo quando não estou fazendo o meu melhor e estou lutando para isso. E está tudo bem! A vida é uma bagunça. Todo mundo tem dias ruins.
Eu poderia suportar essas ondas de desânimo e frustração e usá-las para desistir de fazer mais do que o meu corpo está me dizendo que eu posso. Eu poderia pegar a lista de coisas que precisam ser feitas e usá-la para provar a mim mesma que sou inadequada. Ou posso usar esse tempo para aprender a confiar em mim, para ouvir meu corpo, para ser gentil comigo mesma.
Quando olho para frente e penso em mais oito meses de cansaço, é bastante desanimador. Mas é também uma oportunidade para eu me acostumar a pedir e aceitar ajuda, uma chance de diminuir padrões desnecessários, promover uma atitude de não-julgamento em relação a mim e ao meu corpo. Quando penso nisso, acho que esses meses serão exatamente o que eu preciso que eles sejam.
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