Sabe do quê? O Coração de Jesus é “fornalha ardente de caridade”, porque o amor possui algo da natureza do fogo, o qual arde e queima para iluminar e aquecer.
Ao mesmo tempo, no sacrifício do Calvário o coração do Redentor não foi aniquilado com o fogo do sofrimento. Embora humanamente tenha morrido, como verificou o centurião romano trespassando com a lança o lado de Cristo, na Economia Divina da salvação este Coração ficou Vivo, como manifestou a sua Ressurreição.
E eis que, precisamente o Coração Vivo do Redentor ressuscitado e glorificado está “cheio de bondade e de amor”: infinita e superabundantemente cheio. O transbordar do coração humano atinge em Cristo a medida Divina.
Assim foi este Coração já durante os dias da vida terrena. Testemunha-o que o Evangelho nos conta. A plenitude do amor manifesta-se através da bondade: através da bondade irradiava e difundia-se sobre todos – em primeiro lugar sobre os que sofriam e os pobres. Sobre todos segundo as suas necessidades e expectativas mais verdadeiras.
Assim é o Coração humano do Filho de Deus também depois da experiência da Cruz e do sacrifício. Melhor dito, ainda mais: transbordante de amor e de bondade.
Meditações de João Paulo II sobre a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus feitas na oração do Angelus.
Fonte: Em louvor do Sagrado Coração de Jesus – Editorial Missões, via AASCJ