Um elemento arquitetônico comum nas igrejas mais antigas Como a celebração da Missa se desenvolveu ao longo dos séculos, cresceu a necessidade de a Igreja Católica Romana ter um espaço centralizado, onde o padre pudesse proclamar o Evangelho e fazer a homilia.
Durante a maior parte da história cristã, os bancos não existiam, e as pessoas na congregação permaneciam de pé ou ajoelhadas durante a Missa inteira. Quando chegava a hora do padre se dirigir à congregação, ele precisava de um lugar elevado, de onde pudesse ser visto por todos.
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Por isso, o púlpito medieval – aquele mais elevado – foi desenvolvido e se tornou muito popular por muitos séculos. Nas igrejas medievais, tornou-se uma plataforma usada principalmente para pregar. O púlpito estava localizado perto do centro da nave (o lugar onde as pessoas estavam) e ficava bem elevado, a fim de permitir que o padre se dirigisse adequadamente à sua congregação.
Embora tenha sido desenvolvido principalmente para um propósito prático, os artistas medievais usaram o púlpito como uma tela para ensinar às pessoas várias verdades espirituais. Mais comumente, os púlpitos eram esculpidos com representações dos quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João), destacando o fato de que o Evangelho era pronunciado do púlpito.
Uma caixa de som era frequentemente colocada acima do púlpito, e, debaixo dela, o Espírito Santo era esculpido para lembrar que foi Ele quem inspirou os quatro evangelistas a escrever seus evangelhos.
Em algumas tradições artísticas, o púlpito tinha pináculos, que convidavam a congregação a se concentrar em coisas mais elevadas, elevando seus corações a Deus.
Em outros lugares, o púlpito foi projetado para parecer um navio. Isso visivelmente colocava o padre como comandante da congregação, levando os fiéis para as praias nem tão distantes do céu.
Com a introdução dos sistemas de microfone eletrônico, a razão prática para o púlpito passou a ser obsoleta, e a estrutura foi deixada de lado pela arquitetura moderna. No entanto, algumas igrejas ainda usam o púlpito, não por sua capacidade de projetar som, mas como um lembrete visível da importância da Palavra de Deus.
Ele continua a ser a “mesa da Palavra” e leva nos à “mesa da Eucaristia”, onde as palavras do Evangelho se encarnam enquanto o pão eucarístico se transforma no corpo, sangue, alma e divindade de Jesus Cristo.