Neste domingo, veremos como a raiz de todo pecado realmente nos destrói, agora e também na eternidadeO orgulho destrói nossa felicidade na Terra mais do que qualquer outra coisa. Esta é a lição das leituras deste domingo.
E uma lição que se tira disso é verdadeira: se deixarmos, o orgulho também pode destruir nossa felicidade para sempre.
O orgulho ferido explode em momentos inesperados e nos atormenta.
Às vezes, é porque um membro da família – ou talvez toda a família – não te trata com o mesmo tipo de respeito que eles tratam os outros.
Às vezes, é porque a área de outra pessoa no trabalho recebe grandes recursos, mas a sua, apesar do quanto você se dedica e de quanto ela pode realizar, é ignorada.
Às vezes, acontece até na igreja: com algo tão pequeno quanto a escolha de um voluntário em detrimento de outro, ou algo maior, que afeta sua família e amigos, deixando você se sentir excluído e rejeitado.
O orgulho ferido acorda você à noite, sussurra em seu ouvido para estragar seu tempo de descanso e o preocupa quando você tenta se concentrar em outras coisas.
É exatamente sobre isso que Jesus adverte.
“Não sentar à mesa no lugar de honra”, diz Ele. Se o fizer, estará chamando o orgulho ferido, no momento em que o anfitrião lhe der um tapinha no ombro e pedir para você mudar de lugar.
Em vez disso, comece assumindo o lugar mais simples. Então, o que você pode ouvir é: “Meu amigo, venha para um lugar mais importante” e “você desfrutará da estima de seus companheiros à mesa”.
A princípio, isso parece estranho – como se Jesus estivesse dizendo: “a melhor maneira de obter respeito é se rebaixando”.
Mas ele esclarece com o que diz a seguir. Quando você busca companhia para o jantar, “não convide seus amigos, seus irmãos ou seus vizinhos ricos; se o fizer, eles poderão também, por sua vez, convidá-lo, e assim você será recompensado”.
Em vez disso, ele diz: “quando der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos”.
Em outras palavras, Jesus não está dizendo apenas para agir humildemente – Ele está dizendo para você preferir o lugar mais humilde. Igual a Ele.
Aqueles que sempre querem o melhor e sempre esperam ser tratados com admiração e apreço estão destinados a viver uma vida de decepção e amargura.
Pouquíssimas pessoas chegam ao estado em que sua importância é reconhecida por todos, e as que alcançam isso – mesmo que se tornem presidente dos Estados Unidos – recebem ainda mais golpes diretos em seu orgulho.
Veja como Jesus viveu. Ele era literalmente o Filho de Deus, mas aplicou o Salmo 22 a si mesmo na cruz: “Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim”.
Você não pode imitar Cristo sem ser rejeitado – e até pelos seus amigos. Você não pode imitar Cristo sem ser desprezado. Você não pode imitar Cristo sem colocar a vontade do Pai acima do respeito humano. Você não pode imitar Cristo sem uma cruz – uma cruz real, pessoalmente pesada e cansativa.
Mas você pode encontrar a felicidade no lugar mais rebaixado do mundo?
Veja o lugar que Jesus toma à mesa em cada missa. Ele é o alimento. E acaba lhe dando o lugar mais importante de todos – a fonte, o cume e a unidade de todos.
Esta lição se torna ainda mais importante quando olhamos para o nosso relacionamento com Deus.
A história de Jesus não tem a ver apenas com interações humanas. Tem a ver, principalmente, com o Céu. Ele diz “esforce-se para entrar pela porta estreita”. Essa passagem vem logo antes da “parábola do grande banquete”, descrevendo o Céu como um imenso jantar.
A Carta aos Hebreus lembra que Deus não é algo que “possa ser tocado”, e você quer chegar “à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; À universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança.”
Não presuma que você entrará confiante nesse imponente banquete de extrema santidade como se você já pertencesse a ele, sem ser questionado sobre nada.
Em vez disso, você deve adotar a atitude descrita no Livro do Eclesiástico: “em todas as tuas obras procede com humildade e serás mais estimado do que o homem generoso”, diz a Primeira Leitura de domingo.
O que você ouvirá na vida após a morte está no Salmo: “Deus dá um lar aos solitários, liberta os presos para a prosperidade.”
A humildade é a única maneira de chegar a Deus. Se você presume que Deus o receberá automaticamente, então você entende mal quem Ele é e quem você é. Se você entende o seu lugar desde o início, um lugar de honra espera por você.