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O ensinamento de João Paulo II que vai mudar a sua vida

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Michael Rennier - publicado em 05/09/19
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Ele não apenas ensinou, mas viveu, mesmo quando famoso e viajando pelo mundoO Papa João Paulo II levou uma vida extraordinária. Desde seu tempo como jovem sacerdote na década de 1950, na Polônia, sobrevivendo às brutalidades do comunismo, até se tornar o Papa das multidões, ele foi uma das pessoas mais famosas e influentes de sua geração.

No meio de tudo isso, no entanto, ele nunca perdeu seu estilo pessoal. Por exemplo, quando ele foi baleado por Mehmet Ali Agca em uma tentativa de assassinato em 1981, ele mais tarde visitou a prisão para perdoar pessoalmente o criminoso.

Na juventude, ele era conhecido por organizar retiros com pequenos grupos de amigos ou paroquianos nas montanhas, onde todos tinham tempo de sobra para rezar e se relacionar pessoalmente.

É revelador que ele se dedicou a manter relacionamentos individuais, mesmo estando sobrecarregado com as crescentes responsabilidades de servir à Igreja.

Sou apenas um pároco com muito menos exigências sob minha atenção do que ele, mas há noites em que estou tão cansado que vou para o meu quarto, fecho a porta e fico assistindo TV. É admirável que um homem tão bom quanto João Paulo II tenha conseguido arranjar tempo para encontrar pessoalmente os outros, quando teria sido fácil se perder na agitação do Vaticano.

A disposição de arranjar tempo para a amizade parece estar diminuindo para muitos de nós. Claro, as mídias sociais conectam à sua maneira, mas qualquer pessoa sabe que percorrer um feed de mídia social não é a mesma coisa que ter uma conversa frente a frente. É por isso que muitas pessoas, quando perguntadas, afirmam que nossa era tecnológica é desumanizadora.

Existem muitos outros fatores que nos impedem de nos conectar com os outros. A maneira como nos dividimos em campos “nós” e “eles” com tanta frequência, especialmente nas mídias sociais. Ou a maneira como longos dias de trabalho esgotam nossas energias. É muito fácil passar muitos dias sem nenhuma conexão humana real.

É por isso que João Paulo II é tão fascinante. Por causa do quão inteligente e ocupado ele era, você pensaria que ele teria apenas alguns amigos íntimos ou que ele teria dificuldades em permanecer conectado às pessoas.

Mas esse não parece ser o caso, e as pessoas que o conheceram sempre sentiram verdadeiramente que ele lhes dava atenção. Ele fazia questão de não se fechar, e saía para conhecer as pessoas. Em seus muitos livros e ensinamentos, esse grande homem insistia em algo fundamental: que toda pessoa merece ser amada.

Em seu livro Amor e Responsabilidade, ele escreve que toda pessoa deve ser tratada com amor, e não como objeto. Isso vale para todos os encontros que temos com outra pessoa, seja um membro da família, um colega de trabalho, um amigo, um estranho ou até mesmo um inimigo.

A maneira como João Paulo II viveu sua própria vida é um exemplo disso. Para ele, o problema com o surgimento da tecnologia, com politizar tudo ou com investir muito tempo no trabalho não seria algo filosófico, mas de tornar a pessoa um objeto.

Para realmente conhecer uma pessoa, precisamos fazer uma pausa e reservar um tempo para nos conectarmos pessoalmente.

A vida de São João Paulo II mostra que uma vida feliz não é seguir uma ideologia ou provar que estamos certos ou que somos bem-sucedidos – tem a ver com as pessoas. Toda pessoa importa. Toda pessoa é valiosa. Conexão e amizade são as maneiras pelas quais honramos isso.

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