“É a atitude de esperança em Deus que torna possível não se deixar dominar pelos trágicos eventos”
O Papa Francisco afirmou hoje que a atitude do cristão diante da adversidade deve ser a esperança.
Em suas palavras no Angelus, Francisco falou sobre o Evangelho do penúltimo domingo do ano litúrgico, na versão proposta por São Lucas. Diante do templo de Jerusalém, Jesus profetiza que não ficará “pedra sobre pedra, tudo será destruído”.
O Papa explica que “a destruição do templo predita por Jesus não é tanto uma figura do fim da história como do final da história.”
Jesus usa duas imagens aparentemente contrastantes, afirmou o Papa: “a primeira é uma série de eventos assustadores: catástrofes, guerras, carestias, tumultos e perseguições” com traumas que “ferem a criação, a nossa casa comum, e também a família humana que nela vive, e a própria comunidade cristã”.
Enquanto que a segunda está contida na certeza de Jesus que “nos diz sobre o comportamento que o cristão deve tomar ao viver esta história, caracterizada pela violência e pela adversidade”.
Então Francisco afirma: “é a atitude de esperança em Deus que torna possível não se deixar dominar pelos trágicos eventos”.
Os discípulos de Cristo não podem permanecer escravos de medos e angústias; pelo contrário, são chamados a viver a história, a deter a força destruidora do mal com a certeza de que a acompanhar a sua ação do bem está sempre a providencial e tranquilizadora ternura do Senhor.
E o Papa recorda: “Tudo o que ocorre é conservado n’Ele; a nossa vida não pode ser perdida porque está em suas mãos”.
“O Senhor nos chama a colaborar na construção da história, tornando-nos, junto com Ele, agentes de paz e testemunhas de esperança num futuro de salvação e ressurreição”.
Francisco recorda que a “fé nos faz caminhar com Jesus pelos caminhos deste mundo”, e que “o Espírito irá dobrar as forças do mal, submetendo-as ao poder do amor de Deus”.
Os mártires cristãos do nosso tempo que, apesar das perseguições, são homens e mulheres de paz. Ele nos entregam uma herança a ser conservada e imitada: o Evangelho do amor e da misericórdia.
E este confirma o Papa “é o tesouro mais precioso que nos foi dado e o testemunho mais eficaz que podemos dar aos nossos contemporâneos, respondendo ao ódio com o amor, à ofensa com o perdão”.
(Com Vatican News)