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Papa na Tailândia vai direto ao ponto e fala da exploração sexual que mancha o país

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Reportagem local - publicado em 21/11/19
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Em seu primeiro discurso perante autoridades, Francisco abordou o drama do turismo sexual, do qual a Tailândia é um dos grandes centros mundiaisNa sede do governo da Tailândia, em seu primeiro encontro oficial desta viagem pontifícia com autoridades políticas, comunidades religiosas e representantes da sociedade civil e do corpo diplomático, o Papa Francisco abordou uma chaga tristemente famosa do país: a exploração sexual.

A Tailândia é internacionalmente vista como um dos epicentros do turismo sexual no planeta. Em defesa de “mulheres e crianças que são particularmente feridas, violentadas e expostas a toda forma de exploração, escravidão, violência e abuso”, o Papa declarou:

“É necessário trabalhar para que as pessoas e as comunidades tenham acesso à educação, a um trabalho digno, à assistência de saúde, para alcançar assim os níveis mínimos indispensáveis de sustentabilidade que tornem possível um desenvolvimento humano integral (…) Neste ano em que se comemora o trigésimo aniversário da Convenção sobre os Direitos da Infância e da Adolescência, somos convidados a refletir e trabalhar, com determinação, perseverança e rapidez, para proteger o bem-estar das nossas crianças, o seu desenvolvimento social e intelectual, o acesso à educação, bem como o seu crescimento físico, psicológico e espiritual”.

O discurso de Francisco também mencionou o papel-chave da Tailândia no Sudeste Asiático para promover a cooperação política, econômica e cultural, observando que, num país “multicultural e caraterizado pela diversidade”, é fundamental promover “a amizade e o diálogo inter-religioso” para a construção de sociedades “justas, compassivas e inclusivas”:

“Hoje, mais do que nunca, as nossas sociedades precisam de artesãos da hospitalidade, homens e mulheres que cuidem do desenvolvimento integral de todos os povos, no seio de uma família humana que se empenhe em viver na justiça, na solidariedade e na harmonia fraterna”.

Francisco tocou ainda em temas sensíveis da política local, como a necessidade de “regresso à normalidade do processo democrático” após as eleições de março, vencidas pelo general Prayuth Chan-ocha, antigo presidente da Junta Militar que governou autoritariamente o país, e a “crise migratória”, vista por ele como um dos “principais problemas morais” da atualidade, com reflexos intensos na região devido à “fuga trágica de refugiados dos países vizinhos”.



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