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Hoje recordamos o aniversário de nascimento de Santa Jacinta Marto, de Fátima

FATIMA
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Reportagem local - publicado em 05/03/20
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Em fevereiro deste ano havíamos recordado também o seu centésimo aniversário de falecimento: a pastorinha partiu desta vida aos 9 anos de idadeOs três pastorinhos de Fátima, testemunhas diretas das aparições de Nossa Senhora em 1917, foram a Irmã Lúcia e seus primos menores São Francisco Marto e Santa Jacinta Marto, ambos falecidos ainda na infância, ao passo que Lúcia faleceu muitas décadas depois. É por isso que Francisco e Jacinta já foram canonizados e Lúcia ainda está em processo.

Neste 5 de março, recordamos o nascimento da pequena grande Jacinta. Essa data gerou certa confusão ao longo dos anos, pois a data de nascimento indicada em seu registro de batismo era 11 de março. A confirmação de que o dia correto era o 5 veio do interrogatório feito pelo cônego Manuel Nunes Formigão aos pastorinhos de Fátima em 11 de outubro de 1917, quando se registrou que Jacinta havia completado 7 anos em 5 de março e não em 11 de março daquele ano.

Santa Jacinta Marto veio à luz deste mundo, portanto, em 5 de março de 1910, em Aljustrel, Portugal, e foi batizada no dia 19 do mesmo mês, na igreja paroquial de Fátima.

De jeito carinhoso e expansivo, a caçula dos pastorinhos ficou muito comovida com as aparições do Anjo e da Mãe de Deus e profundamente impressionada com o sofrimento dos “pobres pecadores” e do Santo Padre. A experiência desses encontros a levou a viver oferecendo orações e sacrifícios pelo bem de todos e querendo compartilhar com todos o amor ardente que sentia pelos Corações de Jesus e de Maria. Dividia a merenda com crianças mais pobres e fazia jejum em reparação pelos pecados do mundo contra Deus.

Tinha intensa compaixão por quem sofria e por quem vivia longe de Deus. Oferecia cada pequeno gesto do seu dia a Ele, principalmente os sofrimentos físicos, que dedicava à conversão dos pecadores e à missão do Santo Padre.

Em 1918, foi afetada pela trágica epidemia broncopneumônica popularmente chamada de gripe espanhola, que devastou grande parte da Europa recém-saída da Primeira Guerra Mundial.

Jacinta deu um extraordinário testemunho de sentido ao enfrentar a doença e o sofrimento em seus curtos anos de vida. Além de ter sido contagiada pela gripe espanhola, ela viu a morte do irmãozinho em abril de 1919 e, enquanto era tratada em Ourém, recebeu a visita da prima Lúcia, que depois relatou tê-la encontrado “feliz por poder oferecer este sofrimento” a Deus. A pequena nunca se queixava.

Em janeiro de 1920, precisou ser levada ao Hospital D. Estefânia, em Lisboa, onde, na noite de 20 de fevereiro, às 22h30, morreu sozinha. Tinha 9 anos de idade: faltavam apenas duas semanas para completar os dez.

A irmã Ângela Coelho, postuladora da causa de canonização dos dois irmãozinhos de Fátima, comenta que, na morte de Jacinta, há várias semelhanças com a Paixão de Cristo: a sede, o peito aberto e a primeira sepultura num túmulo emprestado, o jazigo do Barão de Alvaiázere, em Ourém. Só em 1º de maio de 1951 é que seus restos mortais foram trasladados para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima.

Canonizada junto com seu irmãozinho pelo Papa Francisco em 2017, ano do centenário das aparições, Santa Jacinta Marto é a santa não-mártir mais jovem de toda a história bimilenar da Igreja Católica.

Mesmo tendo experimentado tanto sofrimento e tão cedo, o que a levou para ainda mais perto de Jesus padecendo na cruz, a pequena santa foi definida pela postuladora como uma criança normal como as outras de 100 anos atrás, crescida numa família de matriz cristã: uma menina “sensível, muito alegre”, com quem as crianças de hoje podem identificar-se.

A irmã Ângela afirma, em declarações à agência católica portuguesa Ecclesia, que houve “um encontro com Deus” nas aparições de 1917 que mudou a vida de Jacinta: ela passou a ser “menos centrada nela” e “muito sensível ao sofrimento dos outros”:

“O seu olhar alargou-se, olharam para cima e ficaram com um horizonte de vida imenso. As crianças são absoluta transparência ao agir de Deus”.


São Francisco Marto
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