A fragilização natural decorrente da própria idade requer atenções e cuidados diferenciadosConsiderando que as pessoas idosas já costumam naturalmente ser mais vulneráveis a doenças infectocontagiosas, não é surpreendente que elas também sejam as mais expostas à Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus cuja disseminação já chegou ao nível de pandemia.
É nessa faixa etária que se registram os índices mais altos de letalidade entre os infectados.
Mas por quê?
As razões fundamentais incluem:
- A imunossenescência, que é a natural fragilização do sistema imunológico devido à própria idade, com redução de anticorpos no organismo;
- A maior vulnerabilidade dos pulmões e das mucosas a doenças virais;
- A maior frequência de pequenos engasgos e aspirações, costumeiramente seguidos pelo gesto de levar a mão à boca;
- Certa tendência à desnutrição, por causa da perda de eficiência do metabolismo;
- A tendência a irem mais frequentemente a hospitais e postos de saúde, ambientes nos quais o idoso fica mais exposto a micro-organismos.
Quais são os cuidados mais indicados para os idosos?
- Manter um adequado controle de doenças já existentes, em especial o diabetes e as doenças cardíacas;
- Ficar com as vacinas em dia, para evitar cenários como a junção de gripe ou pneumonia com a presença do coronavírus no organismo;
- Fazer atividades físicas condizentes com a capacidade do idoso;
- Evitar as idas não urgentes a hospitais e postos de saúde, para reduzir os riscos de contágio;
- Seguir as mesmas recomendações já feitas à população em geral: higienizar as mãos frequentemente, evitar levá-las à boca, nariz e olhos, evitar aglomerações e, ao tossir, tapar a boca preferencialmente com o braço.
Além disso, familiares e cuidadores de idosos devem prestar ainda mais atenção à limpeza das próprias mãos e roupas.
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SEM PÂNICO: BOM SENSO E CUIDADOS FUNDAMENTAIS A TOMAR
1 – Saiba que a pandemia Covid-19 tem apresentado uma proporção relativamente baixa de mortos: alguma coisa entre 0,5% e 3,5% do total de infectados. Esta é uma boa notícia, e há outras notícias igualmente boas: a grande maioria dos casos (mais de 80%) tem gravidade reduzida; o risco para crianças tem sido mínimo; e o pico do surto já passou na China, onde os novos casos estão em declínio.
2 – Porém, há motivos suficientemente sérios e comprovados para mantermos firmes cuidados numa tarefa crucial: a de conter a expansão do vírus. Motivo: a Covid-19 pode ser leve para a grande maioria das pessoas, mas acarreta riscos bastante relevantes para grupos específicos, como idosos, diabéticos e doentes do coração. E são estas pessoas as que mais precisam de cuidados para evitar que sofram o contágio.
3 – Este é o maior problema vivido na Itália: sendo um país com grande número de idosos, além do fato de que a taxa de letalidade tende a subir, o próprio sistema de saúde fica sobrecarregado na tentativa de atender muita gente ao mesmo tempo, chegando-se ao cenário da falta de leitos e de equipamentos críticos, como respiradores artificiais. Havendo pico de acessos aos hospitais e postos de saúde, com milhares de pessoas precisando ser atendidas ao mesmo tempo, aqueles que têm mais necessidade podem não conseguir ser atendidos adequadamente – ou simplesmente nem sequer ser atendidos.
4 – A diretriz, portanto, é impedir ao máximo um grande pico de contágios, e a forma mais prática e simples de ajudar a impedir esse pico é esta: evite tudo aquilo que facilite a proliferação do vírus:
- Lave bem as mãos, com alta frequência, sobretudo após tocar em superfícies nas quais muita gente também tocou, como balcões de atendimento, caixas eletrônicos, assentos e apoios do transporte público, etc.
- Evite levar as mãos à boca, nariz e olhos;
- Evite aglomerações, reduzindo as saídas de casa ao indispensável;
- Se precisar estar em meio a grupos grandes de pessoas, procure manter uma distância de ao menos 1 metro e fique apenas durante o menor tempo possível;
- Evite cumprimentos como apertos de mão, abraços e beijos;
- Recorra a postos de saúde e hospitais somente em casos de objetiva e real necessidade, para não sobrecarregar inutilmente o sistema e até para evitar um risco ainda maior de contágio, dado que são ambientes em que se fica mais exposto a micro-organismos;
- Mantenha uma rotina de alimentação saudável, exercício físico adequado às suas condições, boa ventilação e luz natural em casa ou no local de trabalho;
- Não divulgue fake news: compartilhe informação objetiva, o que inclui algumas notícias tristes, mas também várias notícias boas e tranquilizadoras;
- Mantenha a serenidade, sem se deixar levar pelos promotores de histeria;
- Mantenha a fé, pedindo sempre forças a Deus para que todos façamos bem a nossa parte e Ele nos conceda a graça de enfrentar e vencer esta pandemia com inteligência, disciplina e solidariedade, em especial com os mais vulneráveis;
- Obedeça responsavelmente às diretrizes das autoridades em caso de medidas excepcionais de controle.
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