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Covid-19: o Papa Francisco pede orações pelos falecidos

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Reportagem local - publicado em 18/03/20
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“De modo especial, pelos agentes de saúde que morreram nestes dias: eles deram a vida no serviço aos doentes”A Santa Missa desta quarta-feira, 18, celebrada pelo Papa Francisco na Casa Santa Marta, teve uma intenção muito especial: o Papa a ofereceu pelas pessoas que faleceram em decorrência da Covid-19, com particular menção aos agentes de saúde que morreram em pleno exercício da sua missão.

“Rezemos hoje pelos defuntos, por aqueles que devido ao vírus perderam a vida; de modo especial, gostaria que rezássemos pelos agentes de saúde que morreram nestes dias. Eles deram a vida no serviço aos doentes”.

Além deste pedido feito ao início da Missa, o Papa voltou a fazer um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento ao finalizar a celebração. Ele tinha feito o mesmo ao final da Missa de ontem, 17, para pedir ajuda e força de Deus a fim de vencermos a pandemia que vem paralisando a vida cotidiana de grande parte da humanidade.



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Catequese de Quarta-feira

Ainda nesta quarta-feira, o Papa Francisco deu sua tradicional catequese. Ele o fez de forma privada, tendo em vista a emergência do coronavírus.

O Papa deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre as bem-aventuranças, comentando desta vez a quinta delas: bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia (Mt 5,7).

Esta bem-aventurança – segundo Francisco – contém uma particularidade: é a única em que a causa e a consequência da felicidade coincidem. Quem exerce misericórdia, encontrará misericórdia, será “misericordiado”.

Este tema da reciprocidade do perdão não está presente somente nesta bem-aventurança, explicou Francisco, mas é recorrente no Evangelho. “A misericórdia é o próprio coração de Deus!”

O Papa prosseguiu recordando que há duas coisas que não podem se separar: o perdão dado e o perdão recebido.

Mas tantas pessoas estão em dificuldade, não conseguem perdoar. Muitas vezes, o mal recebido é tão grande que conseguir perdoar é como escalar uma montanha altíssima. Um esforço enorme. Isso não dá.

Todavia, a reciprocidade da misericórdia indica que é necessário inverter a perspectiva. “Mas sozinhos não podemos. É necessária a graça de Deus e devemos pedi-la.”

Todos somos pecadores. Todos. Em relação a Deus e em relação aos irmãos. Cada um sabe que não é o pai ou a mãe que deveria ser, o esposo ou a esposa, o irmão ou a irmã que deveria ser. Todos estamos em déficit na vida e precisamos de misericórdia. Sabemos que, mesmo não cometendo o mal, sempre falta algo ao bem que deveríamos ter feito.

Mas é propriamente esta nossa pobreza, continuou Francisco, que se torna a força para perdoar. Cada um deve lembrar que precisa de perdão e de paciência; este é o segredo da misericórdia: perdoando se é perdoado. Por isso, Deus nos precede e nos perdoa por primeiro. Recebendo o seu perdão, nos tornamos capazes de perdoar.

A misericórdia, ressaltou o Pontífice, não é uma dimensão entre as outras, mas é o centro da vida cristã: “não existe cristianismo sem misericórdia”, afirmou Francisco, citando São João Paulo II. Se o nosso cristianismo não nos leva à misericórdia, erramos o caminho, porque a misericórdia é a única verdadeira meta de todo caminho espiritual, um dos frutos mais belos da caridade.

“A misericórdia de Deus é a nossa libertação e a nossa felicidade”, concluiu o Papa. Nós vivemos de misericórdia e não podemos no permitir ficar sem ela. “Somos demasiados pobres para colocar condições, necessitamos perdoar, porque precisamos ser perdoados.”

(Com Vatican News)

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