“Quando houver diferenças entre eles, entendam que, nos momentos de crise, devem ser muito unidos para o bem do povo”Na Missa na Casa Santa Marta, no Vaticano, na manhã desse sábado, o Papa Francisco rezou pelos governantes neste tempo de pandemia.
Rezemos hoje pelos governantes, que têm a responsabilidade de cuidar de seus povos nestes momentos de crise: chefes de Estado, chefes de governo, legisladores, prefeitos, governadores…
Para que os Senhor os ajude e lhes dê força, porque o trabalho deles não é fácil. E quando houver diferenças entre eles, entendam que, nos momentos de crise, devem ser muito unidos para o bem do povo, porque a unidade é superior ao conflito.
Na homilia, o Papa comentou as leituras do dia, a partir da passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos (At 9,31-42) que conta como a primeira comunidade cristã se consolidava e, com o conforto do Espírito Santo, crescia em número.
Em seguida, traz dois eventos tendo Pedro ao centro: a cura de um paralítico em Lida e a ressurreição de uma discípula chamada Tabita.
A Igreja – afirmou o Papa – cresce nos momentos de conforto. Mas há tempos difíceis, de perseguições, tempos de crises que colocam os fiéis em dificuldade.
Como diz o Evangelho do Dia (Jo 6,60-69) em que, após o discurso sobre o pão vivo descido do céu, a carne e o sangue de Cristo que dá a vida eterna, muitos discípulos abandonam Jesus dizendo que a sua palavra é dura.
Jesus sabia que os discípulos murmuravam e nesta crise recorda que ninguém pode vir a Ele se o Pai não o atrai.
O momento de crise é um momento de escolha que nos coloca diante das decisões que devemos tomar.
Também esta pandemia é um momento de crise. No Evangelho Jesus pergunta aos Doze se também eles querem ir embora e Pedro responde: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”. Pedro confessa que Jesus é o Filho de Deus. Pedro não entende aquilo que Jesus diz, comer a carne e beber o sangue, mas confia.
Que isso – prosseguiu Francisco – nos ajude a viver os momentos de crise. Nos momentos de crise é preciso ser muito firmes na convicção de fé: há perseverança, não é o momento de fazer mudanças, é o momento da fidelidade e da conversão.
Nós cristãos devemos aprender a administrar tanto os momentos de paz quanto os de crise.
Que o Senhor – foi a oração conclusiva do Papa – nos envie o Espírito Santo para resistirmos às tentações nos momentos de crise e sermos fiéis, com a esperança de depois viver momentos de paz, e nos dê a força de não vender a fé.