Vantagens e desvantagens desse tipo de formação, que ganhou força durante a pandemia do novo coronavírus
A educação on-line tinha um espaço bastante reduzido no mundo universitário até alguns meses atrás. Mas, por causa da pandemia do novo coronavírus, nos vimos forçados a utilizar essa metodologia para continuar com a educação em todos os níveis.
São muitos os centros educacionais – inclusive as universidades de Harvard e Stanford – que, agora, planejam continuar com cursos de forma on-line e apenas exigir dos alunos a presença física em alguns grupos reduzidos – e isso somente quando a realização de aulas práticas for obrigatória.
Mas a formação on-line tem vantagens e inconvenientes que vão muito além do que teoricamente se pensava.
Vantagens
Em primeiro lugar, o custo da educação presencial é consideravelmente alto. Já a formação on-line tem custos menores.
Por outro lado, com a educação on-line, evitam-se deslocamentos diários, o que reduz não apenas as despesas com transporte, mas também as aglomerações de pessoas, o trânsito e a poluição das cidades.
Além disso, essa modalidade torna possível uma flexibilização de horários, o que facilita a vida principalmente daqueles que se formam nas disciplinas artísticas e musicais e precisam de uma especialização extracurricular.
Outro fator a ser considerado é que as tarefas, neste tipo de educação, forçam o desenvolvimento e a aprendizagem de novas tecnologias, algo cada vez mais necessário no mercado de trabalho.
Ademais, as famílias e os próprios estudantes devem aprender a não delegar a responsabilidade da educação apenas para as instituições de ensino. Estas passam a ser instrumentos a serviço das famílias, que vão ser realmente responsáveis pela educação dos filhos.
Um dos efeito já observado na educação universitária é que, como as as universidades passam a não precisar de muitos recursos econômicos para investir em infraestrutura física, algumas instituições estão investindo mais em capital humano e em pesquisas científicas.
Inconvenientes
Do ponto de vista social, é possível que o fato de assumir as responsabilidades da própria formação dependa das condições financeiras das famílias.
Além disso, hoje em dia, também não se pode assegurar que todo o professorado disponha das competências digitais necessárias para poder gerenciar adequadamente uma aula virtual ou garantir que a formação on-line se traduza em uma aprendizagem efetiva dos alunos.
Outro grande problema reside no seio da família, já que a tarefa do professor nem sempre pode ser substituída pelos pais que trabalham fora e não podem dar a atenção necessária aos filhos.
Outro ponto a ser questionado: a gestão dos diversos programa educativos pode se transformar em um pesadelo dentro das casas das famílias numerosas. Outro problema apontado é que a educação on-line poderia prejudicar a socialização.
Enfim, a questão da educação on-line é um debate que deve ser incentivado, pois é fato que quando terminar a pandemia não voltaremos à normalidade anterior – nem no âmbito da educação.
A questão não serão seus prós e contras, mas se haverá outro futuro a não ser este tipo de formação.
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