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“Esse negro vai ser padre quando minha galinha criar dentes”, disseram-lhe

Beato Pe. Victor
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Aleteia Brasil - publicado em 06/07/20
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Mas Deus ouviu essa humilhação: o pequeno Francisco Victor, de Minas Gerais, além de se tornar padre, hoje está em processo de canonizaçãoVia rede social, o pe. Gabriel Vila Verde compartilhou o seguinte comentário sobre como Deus se revela aos humildes e humilha os arrogantes:

Na liturgia deste 14° domingo do Tempo Comum, Jesus nos diz que o Pai se esconde dos sábios e se revela aos humildes. De fato, a história nos prova isso. Em Lourdes, Nossa Senhora aparece para Bernadete, uma criança pobre e analfabeta. No Brasil, três pescadores pobres encontram a imagem da Padroeira, a Senhora Aparecida. O Beato Pe. Victor, de Minas Gerais, quando criança queria ser Padre, mas ouviu um senhor rico dizer: “Esse negro vai ser Padre quando minha galinha criar dentes”. Deus ouviu essa humilhação, e o pequeno Victor, além de se tornar Padre, hoje é santo no altar. Então, se Deus prefere os pequenos, vamos ser pequenos aos olhos dos grandes, para sermos grandes aos olhos de Deus.

O beato Pe. Victor a quem ele se refere é Francisco de Paula Victor (Campanha, MG, 12 de abril de 1827 – Três Pontas, MG, 23 de setembro de 1905), um sacerdote que viveu com heroísmo o seu ministério e partiu desta vida com fama de santidade.

Era filho da escrava Lourença Maria de Jesus. Em 1848, durante uma visita do bispo de Mariana, dom António Ferreira Viçoso, o então alfaiate Francisco lhe manifestou o desejo de seguir a vida religiosa. No ano seguinte, ele entrou no seminário de Mariana e, em 1851, foi ordenado padre e retornou à sua cidade. Já em 1852, foi transferido para Três Pontas, onde foi pároco durante 53 anos, até a morte. Era admirado por todos devido ao zelo e carinho com que se dedicava à paróquia e ao povo, a quem se empenhou em catequizar e instruir mediante a escola “Sagrada Família”. De muitos filhos de famílias humildes ele fez grandes homens de cultura e de sucesso em variadas profissões. Amava a Deus na pessoa do próximo, em especial nos mais pobres, que recorriam a ele para pedir auxílio. Era bom com todos, mas também exigente.

Sua beatificação, celebrada em Três Pontas em 14 novembro de 2015, foi autorizada pelo Vaticano após o reconhecimento de um milagre alcançado por sua intercessão: a cura inexplicável de um morador da cidade, já reconhecida por médicos do Vaticano e por uma comissão de teólogos. Na cerimônia, o Papa Francisco foi representado pelo Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. A festa litúrgica do beato Pe. Victor é celebrada em 23 de setembro.

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