O santo polonês enfatizou o amor sobre o ódio e a unidade sobre a divisãoSão Maximiliano Kolbe foi um sacerdote polonês durante o auge da Segunda Guerra Mundial. Ele falou contra o regime nazista, e sua fidelidade a Cristo no meio da perseguição o levou a Auschwitz.
No entanto, ele nunca vacilou em seu amor pelos outros e desejo de unidade.
O Papa Bento XVI refletiu sobre sua vida durante uma audiência geral em 2008, destacando esse tema.
Precisamente no seu martírio resplandece o fulgor do Amor, que vence as trevas do egoísmo e do ódio. A São Maximiliano Kolbe são atribuídas as seguintes palavras, que ele teria pronunciado em pleno furor da perseguição nazista: “O ódio não é uma força criativa: é-o somente o amor”. E do amor foi uma prova heróica a generosa oferta que ele fez de si mesmo em troca de um dos seus companheiros de prisão, oferta esta que culminou com a sua morte no bunker da fome, a 14 de Agosto de 1941.
São João Paulo II também pensava que o sacrifício de São Maximiliano Kolbe no lugar de um companheiro de prisão era adequado para nossa época e um farol de esperança em tempos sombrios.
Ele, por amor, ofereceu-se espontaneamente à morte. E nesta sua morte humana manifestava-se o transparente testemunho dado a Cristo: o testemunho dado em Cristo à dignidade do homem, à santidade da sua vida e à força salvífica da morte, na qual se manifesta o poder do amor. (…) Não possui precisamente tal morte uma especial e penetrante eloquência para a nossa época? Não constitui ela um testemunho particularmente autêntico da Igreja no mundo contemporâneo?
Kolbe continua a nos mostrar hoje o poder do amor abnegado, um amor que se preocupa mais com os outros e do que com o próprio bem-estar.
Uma das muitas “pragas” que nunca foram totalmente dissipadas de nós é a praga do egoísmo. Se estivéssemos no lugar de Kolbe, o que faríamos? Tentaríamos preservar nossa vida a todo custo?
Seu exemplo também nos mostra como o amor dá bons frutos, ao contrário do ódio, que só destrói.
A mídia social apenas ampliou nosso ódio pelos outros, e expressamos esse ódio sem pensar nos danos que ele causa. O ódio não constrói nossa cultura, mas a destrói.
Além disso, a vida de Kolbe nos mostra um amor pela unidade, como São Paulo VI nota em sua homilia pela beatificação de Kolbe.
Como polonês, foi condenado a esse infeliz campo de concentração e, como polonês, estava disposto a dar sua vida pela de um conterrâneo, Francis Gajowniczeck. Quantos pensamentos nos vêm à mente à memória deste aspecto humano, social e étnico da morte voluntária de Maximiliano Kolbe, filho da nobre Polônia católica.
Diante da discórdia e do ódio, São Maximiliano Kolbe permanece como um farol de esperança a que podemos aspirar a imitar.
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