O que leva a Igreja a proibir a celebração do casamento em alguns lugares é o desrespeito à sacralidade do matrimônio Você já deve ter ficado sabendo do decepção de alguns noivos ao saberem que os padres não celebram casamentos em chácaras, bufês ou salões de festa, por exemplo.
Mas por que isso acontece?
O Pe. Cido Pereira tem uma coluna no Jornal O São Paulo, em que responde a dúvidas dos católicos. E essa foi uma das questões levantadas por um leitor: “um padre pode celebrar casamento fora da Igreja?”
O sacerdote começa esclarecendo os casos em que é possível celebrar o matrimônio fora da igreja:
“Imagine que, por uma questão de mobilidade e/ou saúde do noivo ou da noiva, uma enfermidade de um deles se torne inviável o casamento na Igreja. Nesse caso, não há problema: o padre pode ir à residência do nubente impossibilitado de andar e fazer o casamento. Outra situação: a diocese pode permitir, havendo razões viáveis, que se celebre o Matrimônio em uma capela, chamada oratório particular.”
Pe. Cido, por fim, esclarece o motivo pelo qual, na maioria das vezes, os pedidos de celebração em certos espaços são recusados:
“O grande problema que levou a Igreja a proibir casamentos em buffets e salões de festas foi o desrespeito à sacralidade do sacramento. Não raras vezes, pais, padrinhos e convidados iniciam a festa antes da celebração, continuam durante a celebração e depois dela, sem nenhuma atenção para com o momento sagrado na vida do casal de noivos. E se montam espetáculos em que o que menos importa é que cada nubente se entrega ao outro.”
O sacerdote ainda faz um alerta ao que chama de “indústria do matrimônio”:
“Alguns desses buffets e chácaras, diante da recusa da Igreja em celebrar o casamento em suas dependências, colocam leigos fantasiados de padres para fazer a cerimônia, que pode ser tudo, menos a celebração de um sacramento. Sem contar casamentos de segunda união, em que um dos noivos, já casado, precisa dar satisfação à família de seu novo cônjuge. Diante disso tudo, que os noivos verdadeiramente cristãos fiquem atentos.”
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