ONG Portas Abertas divulgou a Lista Mundial da Perseguição 2021 A perseguição religiosa pode assumir várias formas. É o que diz o novo relatório da organização Portas Abertas que monitora a perseguição aos cristãos em todo o mundo.
O levantamento de 2021 descreve a situação dos cristãos em 50 países. O primeiro colocado da lista de perseguição é a Coreia do Norte. Segundo o Portas Abertas, esse é, portanto, o país que tem a mais severa perseguição aos cristãos no mundo.
Tipos de perseguição
Mas a opressão religiosa nem sempre tem o mesmo motivo. Em alguns lugares, é por causa da “opressão do clã”, o que o relatório da ONG Portas Abertas define como perseguição interna entre um grupo. Um exemplo seria o Afeganistão, onde a Portas Abertas diz que viver abertamente como cristão é impossível.
“Os cristãos convertidos enfrentam consequências terríveis se sua nova fé for descoberta”, diz o relatório. “Essencialmente, os convertidos têm duas opções: fugir do país ou correr o risco de ser morto. Se sua família descobrir sua conversão, a família, clã ou tribo deve salvar sua “honra” renegando o crente ou mesmo matando-o. Cristãos de origem muçulmana também podem ir para um hospital psiquiátrico, porque deixar o Islã é um sinal de insanidade”.
Outras fontes de perseguição incluem a opressão islâmica (na Líbia, no Paquistão e Irã, entre outros) e a opressão comunista e pós-comunista (Coreia do Norte e China), por exemplo.
Nacionalismo religioso
Na Índia, o nacionalismo religioso é a causa mais comum de perseguição. De fato, extremistas hindus acreditam que todos os indianos devem ser hindus e que o país deve se livrar do cristianismo e do islamismo.
Portanto, para atingir esse objetivo, eles usam muita violência, especialmente contra cristãos de origem hindu. Em suas aldeias, os cristãos são acusados de seguir uma “fé estrangeira” e são, frequentemente, agredidos fisicamente. Se eles não se “reconverterem”, a comunidade pode boicotá-los. Isso causa um efeito devastador em sua capacidade de ganhar dinheiro e comprar comida.
Já os cristãos do Egito, afirma o relatório, sofrem por causa da “paranoia ditatorial”, que leva um líder político a dominar todos os aspectos da sociedade.
Perseguição e coronavírus
De maneira geral, o levantamento descobriu que a pandemia de coronavírus e as medidas tomadas para contê-lo pioraram a situação das minorias cristãs no mundo.
As restrições fizeram com que os militantes islâmicos, por exemplo, agissem com mais liberdade para aumentar a violência contra os cristãos na África e em estados autoritários para expandir sua vigilância e controle sobre os cristãos. Um exemplo disso é a China.
Leia também:
Com cristãos confinados, governo da China continuou destruindo igrejas e cruzes