Em Fevereiro há uma data bastante oportuna para a reflexão dos namorados, noivos e mesmo dos casados. É o dia 14 de Fevereiro, dia de São Valentim que é comemorado em muitos países como dia do namoradosSão Valentin é um santo católico (está no Martirológio Romano) mas a história que o justifica como patrono dos namorados não é tão clara. A versão mais conhecida é que no ano de 270, o Imperador Claudio II proibiu o casamento de jovens, afirmando os solteiros eram soldados mais determinados. Os casados não se arriscavam tanto quanto os solteiros, pois tinham esposas e filhos à espera de seus retornos.
São Valentim, então padre, violou a determinação do imperador e assistia secretamente aos casamentos. Por isso foi preso e, quando interrogado em público, defendeu de forma veemente o casamento como uma união sagrada e um direito dos jovens. Foi levado para prisão domiciliar na casa do prefeito de Roma, pagão. A filha do prefeito era cega e foi curada pela oração de Valentim e, assim, toda a família se converteu. O imperador mandou que fosse açoitado e decapitado no dia 14 de Fevereiro. Segundo esta versão, ele seria mártir por defender o matrimônio.
“Não temam as escolhas definitivas”
É por isto que esta data é significativa, sendo celebrada em muitos países, incluindo Europa e EUA. O Papa Francisco a celebra anualmente e em 2014, a celebrou com 20.000 casais na Praça de São Pedro. Foi quando disse algo marcante para os namorados e noivos: “não temam as escolhas definitivas”.
O martírio de São Valentim me faz refletir sobre os tempos atuais, quando temos algo semelhante: a perseguição implacável a quem defende o matrimônio como algo sagrado, indissolúvel e da forma natural (homem e mulher). Momento oportuno para, além de pedir a São Valentim a intercessão pelo próprio namoro, noivado ou casamento, pedir também a firmeza de propósitos, pois que se prepare quem não aceitar a relativização do matrimônio.
Por que junho?
De outro lado, somente no Brasil o dia dos namorados é comemorado em 12 de Junho. Esta comemoração teve início em 1949 como proposta de marketing do publicitário João Agripino Doria para reverter a baixa nas vendas que acontecia no meio do ano. Sua proposta era pegar carona na fama de casamenteiro de Santo Antônio. E deu certo.
Tradicionalmente, os movimentos e paróquias fazem jantares, bailes e retiros de namorados em junho. Sei que é difícil e talvez impossível mudar a cultura, que permeia a sociedade de forma geral, além dos católicos. Mas, ainda assim, seria algo oportuno para os movimentos de família e para a Pastoral Familiar estimular celebrações neste dia, em sintonia com o Papa.
Leia também:
10 perguntas que os namorados precisam se fazer antes de casar
Leia também:
“Padre, meu namorado é evangélico. Podemos nos casar na Igreja Católica?”