Reviva a antiga tradição quaresmal dos cristãos romanos descobrindo as “igrejas estacionais”Foi na Igreja de São Marcelo que há um ano Papa Francisco rezou pelo fim da pandemia. Nela é mantido o Crucifixo milagroso que em 1522 libertou Roma da peste.
A basílica fica perto do local do martírio do Papa Marcelo (século IV), que foi condenado ao trabalho duro nos estábulos imperiais até sua morte. A igreja foi completamente reconstruída no século VII e novamente no século XVI, após um incêndio que a destruiu completamente.
Daquele incêndio, na noite de 22 de maio de 1519, somente o Crucifixo de madeira do século XV foi salvo, desde então ele é venerado como milagroso. Três anos mais tarde, a peste atingiu Roma. Durante 16 dias uma solene procissão penitencial percorreu as ruas da cidade, com o Crucifixo à sua frente. Com o decorrer da procissão, a peste recuou, até cessar completamente em 4 de agosto de 1522, com sua chegada à Basílica de São Pedro.
O Crucifixo é levado em procissão a São Pedro nos anos santos e em ocasiões especiais, como a abertura do Concílio Vaticano II. Durante o Jubileu de 2000, João Paulo II rezou diante deste Crucifixo durante o “Dia do Perdão”. Em 27 de março de 2020, o Papa Francisco quis que este Crucifixo estivesse presente na Praça de São Pedro para a vigília de oração pelo fim da pandemia.
Desde 1369, a basílica foi confiada à Ordem dos Servos de Maria, cujos sete santos fundadores são celebrados na primeira capela da esquerda.
Se permanecerdes na minha palavra,
sereis meus verdadeiros discípulos;
conhecereis a verdade e a verdade vos livrará.
Jo 8:31-32
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* Em colaboração com o Escritório de Comunicação Social do Vicariato de Roma