O Brasil não é o país com mais batismos de crianças no mundo, apesar de ser a nação com o mais alto número total de pessoas que se declaram católicas.
Os dados vêm do Anuário Estatístico da Igreja, publicado em março deste ano com base nos levantamentos oficiais tabulados até 31 de dezembro de 2019. São mais de 500 páginas de estatísticas e gráficos que traçam um panorama da presença da Igreja em praticamente todos os países – entre as poucas ausências, a mais notória é a da China, onde, em decorrência da ideologia do Partido Comunista que controla o país, a Igreja Católica sofre censura e perseguição.
A quantidade de crianças que são batizadas na Igreja Católica a cada ano é um indicador de primeira relevância para se estimarem as perspectivas de expansão do catolicismo no mundo.
Com base nesse indicador, é possível pressupor que, nas próximas décadas, o Brasil deixará de ser o país com a maior quantidade de católicos do planeta.
De fato, a maior quantidade de menores de 7 anos que foram batizados na Igreja em 2019 foi registrada nas Filipinas. A nação asiática somou mais de 1,6 milhão de batismos de crianças naquele ano.
Em segundo lugar, o México batizou mais de 1,48 milhão. O Brasil vem somente em terceiro lugar, com 1,05 milhão de crianças batizadas. Seguem-se os Estados Unidos (595 mil), a Colômbia (442 mil) e a Argentina (441.572).
O Brasil continua sendo o país com a maior quantidade total de batizados católicos no mundo: eram 177 milhões até o fim de 2019.
Em segundo lugar, o México tinha 115,5 milhões. As Filipinas, em terceiro, somavam 89 milhões de católicos. O quarto lugar nessa lista é dos Estados Unidos (74 milhões) e o quinto é da Itália (57,8 milhões).
Outro importante número relacionado com o aumento ou diminuição do total de católicos de um país é o de sacerdotes presentes no território. No tocante à ordenação de novos padres, o Brasil fica em quarto lugar.
Empatados na primeira colocação vêm os Estados Unidos e a Índia, com 415 novos sacerdotes cada um. O terceiro lugar é ocupado pela Nigéria, com 410 ordenações. O Brasil teve 390 e, em quinto lugar, a Itália somou 317.
Não custa lembrar que uma eventual diminuição da presença católica num país repercute não só no âmbito estritamente religioso, mas também no panorama das obras de caridade cristã e das iniciativas de ajuda ao próximo, características do autêntico catolicismo.
É o caso de hospitais, orfanatos, asilos, hospícios, casas de acolhimento para gestantes e mães desamparadas, centros de tratamento para dependentes químicos, dispensários médicos, refeitórios e um longo etcétera.
No tocante ao atendimento à saúde, por exemplo, os países que têm a maior quantidade de hospitais declaradamente católicos, sem incluir os dispensários, são hoje a Índia (754), os Estados Unidos (551), a Alemanha (439), o Congo (419) e, em quinto lugar, o Brasil (278).