Humanizar os animais não é amá-los, pois desrespeita a sua natureza, declarou o frei Jorge Fernández, do convento de São Francisco de Assis, na arquidiocese boliviana de Cochabamba.
O frade franciscano conta com grande apreço nas redes sociais por conta do respeito e carinho com que trata o cachorrinho de estimação do convento, Carmelito, ao mesmo tempo em que recorda que o cãozinho não deve ser tratado como um ser humano pelo simples fato de que não o é.
Em entrevista à agência católica ACI Prensa no final de março, frei Jorge contou que o "frei Carmelito" foi adotado em dezembro de 2016, com um mês e meio de idade. Quem o levou para o convento foi o pe. Kasper Kapron, superior da comunidade e professor de teologia.
Durante um evento em 2017, o padre superior colocou no cãozinho um pequeno hábito franciscano que havia sido feito para um boneco utilizado em atividades de catequese infantil. O sacerdote logo percebeu que Carmelito não ficava confortável com a veste e a retirou, mas compartilhou algumas fotos do "frei Carmelito" que rapidamente viralizaram nas redes sociais por sua "fofura".
Passados mais de quatro anos, o cãozinho continua no convento sob os cuidados dos frades. Em sua rede social, frei Jorge compartilha diversas fotos do "frei Carmelito" e de outros cães junto à comunidade.
Em sua entrevista, frei Jorge observou que tornou-se comum que pessoas tratem animais de estimação como se fossem seres humanos, o que ele questiona: a seu ver, amar os animais requer respeitar a sua natureza, porque humanizá-los é um desvio que os afasta da sua realidade e, por conseguinte, os impede de ser eles mesmos.
O frade relatou, ainda, que certa vez conversou com ativistas dos direitos animais e eles afirmaram que "os humanos são maus". O religioso respondeu: