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Como ajudar os jovens a superar o “analfabetismo afetivo”

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Dolors Massot - publicado em 02/06/21
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Entenda por que os afetos estão no centro do crescimento pessoal, especialmente na juventude

"Devemos ajudar os jovens a superar o analfabetismo afetivo que os impede de descobrir o que o amor pede a cada pessoa."

Este é o desafio colocado por Juan José Pérez-Soba, professor do Pontifício Instituto Teológico João Paulo II para as Ciências do Matrimônio e da Família (Roma).

Pérez-Soba afirma que os afetos são uma questão central quando se trata de formar os jovens: "A educação", disse ele, "tem que ser uma educação antes de tudo afetiva; e ignorar os afetos gera um vácuo nos jovens que dificulta a localização do significado do que eles estão vivendo".

Pérez-Soba enfatizou a necessidade de as instituições universitárias recuperarem seu papel na sociedade como motor de pensamento. O especialista incentivou que "a universidade não responde apenas a emergências, mas é capaz de olhar para um horizonte que permita que seus alunos encontrem sua própria identidade".

Para fazer isso, tem que ser um lugar de livre pensamento. Precisa criar um sistema de relações entre os membros da comunidade universitária que gere precisamente esse tipo de pensamento para que os oriente no melhor modo de vida que podem adotar.

ADOLESCENTE

A preocupação em como educar a afetividade desperta enorme interesse e não conhece fronteiras.

Pérez-Soba interveio como especialista no curso "A educação da afetividade: princípios antropológicos e aplicações práticas", organizado pelo Instituto Curricular Central da Universidade de Navarra. Nada menos que 5.000 pessoas compareceram, a maioria delas on-line de 47 países.

Jokin de Irala, professor de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Navarra, ressaltou que os jovens têm um profundo desejo de se doar a outra pessoa. "Podemos ajudá-los em seu caminho de crescimento. O primeiro passo é que eles se sintam sinceramente acolhidos, queridos, por aqueles que os acompanham", ressaltou.

O pesquisador apresentou quatro oportunidades que surgem diante de "qualquer pergunta de nossos filhos sobre afetividade e sexualidade".

    A busca pela própria identidade é algo que preocupa os jovens. Como acertar para ajudá-los a construir uma personalidade madura?

    Nieves González Rico, diretor acadêmico do Instituto "Desenvolvimento e Pessoa" da Universidade Francisco de Vitória, disse que, para ajudar os jovens, é importante que haja professores "que anunciem a grandeza e a beleza da sexualidade". Ele destacou "o trabalho fundamental para abordar com simplicidade e naturalidade o que diz respeito à identidade pessoal dos alunos: quem eu sou? para quem eu sou?"

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