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As melhores formas de superar o aborrecimento e a frustração

ANGRY WOMAN
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Cecilia Zinicola - publicado em 24/06/21
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Todos nós nos aborrecemos às vezes. Mas a maneira como reagimos a isso pode ser uma chance de crescer em virtude e santidade

Sempre haverá coisas que nos incomodam, que nos causam raiva, aborrecimento e frustração. Não podemos evitá-las. Mas a verdade é que ninguém gosta de ficar com esses sentimentos. Eles não nos ajudam em nada.

Podemos ficar irritados facilmente com a primeira buzina que recebemos de outro carro ou com outras pessoas falando alto enquanto tentamos nos concentrar. Também pode haver algumas pessoas que consideramos particularmente irritantes, embora façam exatamente a mesma coisa que outra pessoa. E esse sentimento de aborrecimento pode até instalar-se e permanecer conosco para sempre.

Entretanto, no nosso cotidiano, buscar algo além das primeiras impressões é o que nos permite descobrir as riquezas ocultas do momento presente. Isso abre para nós uma visão mais completa da realidade, ajudando-nos a ver que tudo o que acontece pode ser transformado para o bem.

É perfeitamente válido nos sentirmos incomodados com algumas coisas, especialmente aquelas que consideramos erradas. Mas não podemos permitir que isso tire nossa paz. No final do dia, podemos reconhecer que ficar com raiva ou chateado ainda é, até certo ponto, uma escolha que fazemos. Nossa capacidade de decidir se devemos ou não deixar algo nos incomodar depende de nossa capacidade de reagir acontecimentos que nos impactam.

Por exemplo: responder com sabedoria quando algo nos incomoda pode impactar o nosso dia e o dia dos outros de forma positiva, para que possamos seguir em frente sem ficar com um gosto amargo na boca. Em situações desafiadoras, podemos responder fazendo uma escolha positiva.

Veja algumas dicas sobre como agir quando o aborrecimento, a frustração, a raiva e outros sentimentos baterem à sua porta:

Uma das coisas que podemos fazer quando percebemos que algo está nos incomodando é escolher olhar a situação em um nível mais profundo. Podemos ver isso como uma oportunidade de praticar uma virtude como paciência, misericórdia, compaixão ou compreensão sobre o que está acontecendo. Podemos tentar entender mais claramente as razões pelas quais essa coisa particular nos incomoda.

Uma virtude é uma disposição voluntária para fazer o bem. Ela não só nos permite focar em um aspecto positivo de uma situação, mas dar o melhor de nós mesmos em circunstâncias que nos desafiam.

Com esta abertura interior, os momentos difíceis tornam-se verdadeiras oportunidades de exercer virtudes ou de descobrir novas no cotidiano. O que poderia ser um incômodo torna-se um presente para nos ajudar a melhorar a nós mesmos.

Se as coisas nunca nos desafiarem, nunca saberemos o quão fracos ou fortes somos, que boas qualidades ocultas temos e como podemos crescer. As virtudes nos ajudam a superar as provações e, assim, amadurecer espiritualmente, para que possamos canalizar nossas reações e não sermos tão suscetíveis às suas influências negativas.

“Para terminar as coisas, você tem que começar a fazê-las.” (São Josemaria Escrivá)

Em vez de ficar atolados em um sentimento negativo, podemos escolher colocar nossa energia para permitir que esse sentimento nos leve a um ato positivo. Deixar de lado as reclamações e colocar o foco em fazer algo mais produtivo pode ser um passo reconfortante.

Se uma pessoa o aborreceu, talvez a ação de ouvi-la possa ajudar muito. Ouça suas palavras, seu tom e sua linguagem corporal. Ela está frustrada? Está passando por um momento difícil? O simples fato de ouvir pode ajudá-la e, ao mesmo tempo, nos abrir para outras oportunidades de fazer o bem aos outros.

Às vezes, podemos entender por que alguém pode ter dito ou feito o que disse ou fez, mas às vezes não. Uma ação positiva e libertadora é perdoar mentalmente e seguir em frente com o seu dia. Você nunca sabe o que essa pessoa pode estar passando.

Outra ação positiva e muito poderosa é sorrir ou recorrer ao humor. Sorrir é uma arma eficaz para desarmar a raiva, o aborrecimento e a frustração. Sorrir nos ilumina, fazendo com que as coisas pareçam menos sombrias, nos conecta e nos permite desenvolver um espírito alegre.

Ser gentil com os outros é caridade em ação; é escolher amar acima de todas as coisas, independentemente de como fomos tratados. Isso pode ser demonstrado respondendo com palavras amáveis ​​ou um gesto de respeito.

O amor nunca passa despercebido. Mesmo que não seja claramente reconhecido no momento, mais cedo ou mais tarde terá um impacto.

“Nunca diga: ‘Essa pessoa me incomoda.’ Pense: ‘Essa pessoa me santifica.’ ”(São Josemaria Escrivá)

Encarar as situações difíceis como uma oportunidade para crescer em santidade permite que você coloque de lado seus desejos e sua própria vontade. Quando morremos um pouco para nós mesmos oferecendo coisas difíceis a Deus, nos abrimos à Sua graça.

Não há nada mais prático do que viver da maneira que Cristo nos ensina, colocando os outros em primeiro lugar. E não há nada mais útil do que amadurecer em nossa fé.

Uma oração feita em um momento de fraqueza ou estresse é um ato de amor verdadeiro que pode trazer paz.

Ser mais santo não significa que as coisas não doem ou que você se torne menos sensível. Isso significa que você pode aceitar uma cruz com amor. Aprendemos a lidar com tudo o que nos acontece à medida que nos tornamos uma pessoa melhor, uma testemunha ou conforto para os outros.

Quando rezamos verdadeiramente, conhecemos com mais detalhes o propósito de nossas vidas e somos capazes de sentir sincera gratidão pelas coisas boas que recebemos ao sermos cheios da graça de Deus. Com a ajuda dessa graça, passamos por momentos difíceis não por causa de nosso próprio mérito, mas por causa do dom de Deus.

Enfim, quando optamos por nos abrir à possibilidade de crescer em santidade, também nos abrimos à possibilidade de viver melhor.

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