Cineastas britânicos e iemenitas anunciaram a produção de um filme que retrará o martírio das freiras da Madre Teresa assassinadas pelo Estado Islâmico em Aden, a capital do Iêmen, em 4 de março de 2016.
O filme se chamará "The Garden of Aden", isto é, "O Jardim de Aden", que, além de fazer referência à cidade onde ocorreu o martírio, também constitui um trocadilho que contrapõe esse lugar de provação ao jardim do Éden.
As irmãs Anselm, Reginette, Judith e Marguerite, todas da congregação fundada pela Santa Madre Teresa de Calcutá, foram atacadas por jihadistas do Estado Islâmico no lar para idosos e pessoas com deficiência que as Missionárias da Caridade mantinham na capital do Iêmen. Além delas, foram assassinadas outras 12 pessoas no covarde atentado, incluindo idosos residentes. Os terroristas ainda sequestraram um sacerdote salesiano, pe. Tom Uzhunnalil, a quem acabaram libertando após nada menos que 18 meses.
Segundo o site National Catholic Register, o produtor Liam Driver defende que a morte brutal das missionárias é um testemunho de que é possível reunir diferentes credos e etnias num trabalho conjunto em prol do próximo, caracterizado pela unidade e pelo respeito mútuo. Ele declara:
A propósito das missionárias, Liam Driver acrescenta que "elas não se concentram em si mesmas, mas em Deus" e "no sofrimento dos outros": esse testemunho "nos transporta diretamente ao coração" do que está acontecendo hoje no Iêmen, país devastado desde 2014 por uma guerra civil entre facções muçulmanas que, segundo estimativas da ONU, já matou mais de 230 mil pessoas e forçou mais de 3 milhões a fugirem das próprias casas.
Apesar da brutalidade sofrida, as Missionárias da Caridade anunciaram que não iriam abandonar o Iêmen.
Dom Paul Hinder, vigário apostólico para o Sul da Península Arábica, testemunhou a respeito delas:
Ele também revelou que, pouco antes do martírio, as religiosas tinham rezado esta oração: