Uma freira que salvava judeus na II Guerra Mundial viveu até os 110 anos e foi uma das religiosas mais longevas de toda a história da Igreja Católica: trata-se da irmã Cecylia Maria Roszak, que partiu deste mundo em 16 de novembro de 2018, após um século e uma década de vida, dos quais nada menos que 90 anos foram transcorridos no convento das irmãs Dominicanas de Gródek, na cidade polonesa de Cracóvia.
Além de ter vivido na mesma arquidiocese da qual São João Paulo II havia sido arcebispo antes de ser eleito Papa, a irmã Cecylia tinha muito em comum com outra grande santa de épocas recentes: ela era frequentemente comparada com a Santa Madre Teresa de Calcutá por causa do seu coração misericordioso.
De fato, durante a II Guerra Mundial, a freira polonesa esteve em Vilnius, capital da Lituânia, ajudando a salvar judeus perseguidos pelo regime nazista. Ela protegia especialmente as crianças.
O Vatican News noticiou que várias das pessoas que conheceram a religiosa pessoalmente gravaram depoimentos para a agência internacional de notícias Reuters confirmando que a irmã Cecylia cuidava dos pequenos como se fosse sua mãe, empenhando-se não apenas em lhes dar abrigo, alimentação e roupas, mas também em proporcionar a eles instrução escolar e formação espiritual.
Graças aos riscos que assumiu para salvar judeus da fúria exterminadora do genocídio de Adolf Hitler, a irmã Cecylia também guarda notórias semelhanças com o Papa Pio XII, que, embora seja absurdamente acusado do oposto, foi outro defensor dos judeus, conforme cada vez mais documentos e pesquisas comprovam.