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Necessidade de exercício físico ficou evidente na pandemia

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Octavio Messias - publicado em 29/08/21
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Após um ano e meio de isolamento, especialistas falam em corpo pandêmico

Com o distanciamento social imposto pela pandemia, a sensação é de que estamos sendo achatados contra a cadeira. Mesmo quem trabalhava em escritório e migrou para a própria casa em sistema home office sente no corpo a falta da chamada atividade física incidental, que consiste em caminhar, nem que seja até o ponto de ônibus ou a um estacionamento, subir escadas, ficar em pé por um tempo contínuo etc. Muitos que já eram ou se tornaram sedentários na pandemia passaram a manter uma postura mais encolhida, com o pescoço rígido e os ombros mais caídos, pele seca, vista cansada, pernas pesadas, dor na coluna e na região da mandíbula, onde descarregamos o estresse. Este é um esboço do que especialistas chamam de corpo de pandemia (que ainda tende a ser mais pesado, devido aos quilos ganhados durante a clausura), que está chegando aos consultórios de ortopedistas, fisioterapeutas, oftalmologistas, traumatologistas, psiquiatras e psicólogos. 

A Sociedade Espanhola para o Estudo da Obesidade (SEEDO) divulgou que 49,8% dos espanhóis ganharam peso até este momento da pandemia. Isso sem contar aqueles que pederam peso pela diminuição de massa muscular, o que também não é saudável. A falta de atividade física já preocupava a  OMS (Organização Mundial de Saúde) e a comunidade médica mesmo antes da pandemia. Em nível global, o sedentarismo é responsável por mais de 5 milhões de mortes ao ano. Um estudo da prestigiosa revista científica  Lancet divulgado há duas semanas aponta a falta de atividade física como uma nova ameaça mundial. Entre os apontamentos do artigo, um dos mais preocupantes é a constatação de que 80% dos jovens com menos de 24 anos não praticam nenhum exercício, o que pode gerar problemas de saúde no presente e com o avançar da idade. Atividades físicas ajudam a prevenir doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos e de pressão arterial, colesterol e ansiedade. 

O esforço exigido para ficarmos em casa e os problemas de saúde advindos da quarentena são um ônus que precisamos pagar para nos proteger e para conter a disseminação do coronavírus. Mas é possível se exercitar de maneira segura e consciente, respeitando os limites impostos pela pandemia. Caminhadas, pedaladas, corridas ou qualquer exercício ao ar livre, usando máscara, apresentam baixíssimas chances de contaminação. Academias estão funcionando em todo o país, apenas cheque se os protocolos e a higiene do local estão de acordo com as normas dos órgãos sanitários. Aulas on-line, de yoga a ginástica funcional, podem ser uma solução para quem ainda não se sente seguro para sair de casa. O importante é se manter em movimento, pois tudo que fica parado atrofia.  

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