O Papa Francisco comentou no Angelus deste domingo um breve diálogo entre Jesus e o apóstolo João, em que este fala em nome de todo o grupo de discípulos (Mc 9, 38-41).
João fala de um homem que expulsava o demônio em nome do Senhor, e o impediram de fazê-lo porque não fazia parte do grupo deles.
Então o Papa recordou que Jesus convidou a não dificultar os que fazem o bem porque contribuem para a realização do plano de Deus.
O Papa Francisco colocou a questão em relação à Igreja recordando a todos “precisamos estar vigilantes também quanto ao fechamento na Igreja”. Ele disse que “o diabo, que é o divisor - é isso que a palavra "diabo" significa - sempre insinua suspeitas a fim de dividir e excluir. Ele tenta com astúcia, e pode acontecer como com aqueles discípulos, que chegam ao ponto de excluir até mesmo os que expulsaram o próprio diabo!”
“Peçamos a graça – continuou o Santo Padre - de superar a tentação de julgar e catalogar, e que Deus nos preserve da mentalidade do ‘nicho’, da mentalidade de nos guardarmos ciosamente no pequeno grupo dos que se consideram bons. O Espírito Santo não quer fechamentos; ele quer abertura, comunidades acolhedoras onde haja lugar para todos”.
O Papa destacou também a severidade de Jesus ao exortar contra o julgamento impróprio afirmando que “o risco é ser inflexível para com os outros e indulgente para com nós mesmos”. E que “Jesus nos exorta a não compactuar com o mal”.
“Se alguma coisa em ti é motivo de escândalo, corte-a! Jesus é radical, exigente, mas para nosso bem, como um bom médico. Cada corte, cada poda, é para crescer melhor e dar frutos no amor”
(Com Vatican News)