A Arquidiocese de Maputo (Moçambique) manifestou a sua "dor e pesar" ao informar sobre a morte do cardeal Alexandre José Maria dos Santos.
Em nota, a arquidiocese afirma que o Cardeal D. Alexandre faleceu, vítima de doença, na noite de 29 de setembro, festa dos Santos Anjos Arcanjos.
O Arcebispo D. Francisco Chimoio recorda que que D. Alexandre foi pastor da Arquidiocese de Maputo de 1975 a 2003 e que rogam a Deus para que o acolha na sua morada santa.
A nota informa ainda que o funeral será no dia 7 de Outubro, às 9 horas, na Catedral de Maputo. No dia anterior, 6 de Outubro, haverá velório, com corpo em câmara ardente, na mesma Catedral entre as 8 e as 18 horas, concluindo-se com uma celebração eucarística.
Na sua nota o Arcebispo de Maputo afirma ainda que querem "agradecer a Deus pelo dom que foi o Cardeal Dom Alexandre Maria dos Santos para a Igreja Católica e para toda a sociedade moçambicana.
A Arquidiocese pede orações pela alma do Cardeal D. Alexandre.
Dom Alexandre Maria dos Santos, foi o primeiro sacerdote e cardeal católico em Moçambique. Natural de Zavala, província de Inhambane, Alexandre José Maria dos Santos foi ordenado padre em 1953, tornando-se primeiro negro moçambicano na função.
Entre 1975-2003, ele foi arcebispo de Maputo. Apostou na educação, sendo disso exemplo a criação da Universidade São Tomás de Moçambique, sediada na Cidade de Maputo.
Dom Alexandre participou nos processos de pacificação, com realce para o que determinou o fim da guerra civil de 16 anos, com a assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992.
Para o Bispo Auxliliar de Maputo e administrador apostólico da diocese de Pemba, Dom António Juliasse, a Igreja perdeu uma figura de referência.
Já para o Pároco da Sé Catedral de Maputo, padre Jorgio Ferreti, a notícia da morte do Cardeal colheu a todos com tristeza e muita dor.
Por sua vez, o padre Nelson Covete, do Clero diocesano de Maputo, disse que o cardeal Alexandre foi um homem que, entre várias ações, lutou a bem do alcance da paz em Moçambique, depois de 16 anos de guerra.
O lema episcopal do cardeal era: “Servir e Não ser servido”.
(Com Vatican News)