Mais de 120 religiosos católicos morreram de covid, somente em 2021, no maior país islâmico do mundo. A notícia é da agência Fides.
Os religiosos, tanto homens quanto mulheres, se contaminaram enquanto realizavam suas missões pastorais, espirituais e humanitárias, na maior parte dos casos junto a enfermos.
O pe. Joseph Kristanto Suratman, da Comissão para os Seminários da Conferência Episcopal da Indonésia, declarou à Fides que a Igreja Católica naquele país "paga um preço muito alto pelo seu compromisso na linha de frente ao levar atenção e esperança".
O "preço" tem a ver com a escassez de missionários católicos numa população majoritariamente muçulmana, o que faz com que a perda de mais de uma centena de vidas de padres, religiosos e freiras naquelas terras seja percebida como proporcionalmente maior ainda.
E as baixas podem aumentar, observa o portal católico indonésio Sesawi.net, porque, se mais de 120 religiosos morreram de covid até agora no país, os outros missionários continuam cumprindo a sua vocação e literalmente arriscando a vida pela missão.
Segundo a irmã Gabriella, das agostinianas de Pontianak, "a natureza da missão pode exigir viagens a várias comunidades ou comprometimento com hospitais, escolas, centros sociais", o que deixa os missionários mais expostos ao coronavírus. "Mas eles não pararam por causa disso: continuaram do lado dos fiéis necessitados, dando a própria vida".
A mesma religiosa lamenta o número imenso de vidas perdidas durante a pandemia e compartilha a sua esperança misturada com preocupação: "Esperamos e oramos para que esta pandemia termine o mais rápido possível, para recomeçarmos a nossa vida normal. Estamos nas mãos de Deus, mas a nossa missão continua apesar das dificuldades".