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Freira é assediada na rua pelo regime comunista de Cuba

Irmã Nadieska Almeida
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Francisco Vêneto - publicado em 18/11/21
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"É inacreditável que eu não possa caminhar no meu país", declarou a irmã Nadieska ao grupo pró-ditadura comunista que tentava impedi-la

O regime comunista de Cuba está procurando impedir todas as manifestações populares que criticam a sua gestão e exigem soluções para a longa crise social, política, sanitária e econômica que aflige a ilha. Para a última segunda-feira, 15 de novembro, estava convocada a Marcha Cívica pela Mudança, inspirada pelas manifestações históricas de 11 de julho - que, aliás, também foram marcadas por intensa repressão do regime.

Entretanto, veículos de comunicação cubanos independentes denunciaram que a polícia, as forças paramilitares denominadas Brigadas de Resposta Rápida e pessoal do Ministério do Interior se posicionaram nas cidades cubanas para impedir os cidadãos de aderirem à manifestação.

Também o Centro de Denúncias da Fundação Pan-Americana para a Democracia (FDP), sediada na Flórida, informou que, desde 15 de novembro, foram registradas 98 prisões e 131 casos de pessoas assediadas em várias cidades da ilha por grupos ligados ao regime comunista de Cuba.

Um dos casos é o da irmã Nadieska Almeida Miguel, superiora das Filhas da Caridade de Cuba. A religiosa informou via rede social que, no final da tarde do mesmo dia 15 de novembro, foi abordada por "cerca de 13 pessoas" quando estava saindo para visitar uma amiga.

"Assim que coloquei os pés nos degraus da frente da casa, eles vieram na minha direção. Enquanto iam chegando, iam se chamando com gritos e assobios… Uma mulher do grupo veio me perguntar qual de nós era a irmã Nadieska. Eu respondi: ‘Sou eu, por quê?’ E a resposta foi: ‘Você está proibida de sair hoje’. Perguntei quem era a pessoa que tinha dado essa ordem e quem é esse ser que tem poder sobre mim. A resposta foi que era o que tinha sido ordenado".

Segundo a religiosa, a mulher se declarou "representante" do regime comunista de Cuba. A irmã Nadieska prossegue o relato: "Tentando manter a calma, eu disse a eles: 'Sinto muito, é impensável, é inacreditável que eu não possa caminhar no meu país, no meu entorno. Lamento o que ordenaram a vocês em relação a mim, mas eu vou sair'. Repetiram o mesmo discurso e eu mantive a minha postura. No final, fizeram uma ligação e me deixaram caminhar, mas, claro, o tempo todo vigiada".

A irmã descreveu o ambiente observado no dia 15: "Muitos lugares estavam sendo vigiados por militares, policiais e agentes à paisana. Claro que houve atos de repúdio organizados, pessoas levadas de uma cidade a outra para gritar, insultar e defender agressiva e vulgarmente aqueles que os lideram e até manipulam".

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