O Papa Francisco afirmou hoje que a migração "é um problema mundial, uma crise humanitária que diz respeito a todos".
Ao visitar um centro de refugiados em Lesbos (Grécia), o Papa alertou que o futuro "só poderá ser sereno se for integrador".
Ilusão tentar proteger apenas a si
O Papa alertou que e uma ilusão "pensar que seja suficiente salvaguardar-se a si mesmo, defendendo-se dos mais frágeis que batem à porta".
Acordar da indiferença
Em seguida, o Papa fez um pedido a Deus: "que nos acorde da indiferença por quem sofre, nos sacuda do individualismo que exclui, desperte os corações surdos às necessidades dos outros".
O Papa recordou que se passaram cinco anos desde sua primeira visita aos refugiados e migrantes em Lebos.
Partir da realidade
Segundo o Papa Francisco, em várias sociedades, há quem esteja, de forma ideológica, a contrapor segurança e solidariedade, local e universal, tradição e abertura.
O Papa disse que "é fácil arrastar a opinião pública incutindo o medo do outro".
Olhar para as crianças
Nesse sentido, o Papa afirmou que, "se queremos recomeçar, olhemos sobretudo os rostos das crianças".
Compaixão e misericórdia
O Papa afirmou então que a fé "pede compaixão e misericórdia; não esqueçamos qual é o estilo de Deus: proximidade, compaixão e ternura".
A fé exorta à hospitalidade, àquela filoxenia que permeou a cultura clássica, encontrando depois em Jesus a sua manifestação definitiva, sobretudo na parábola do bom samaritano (cf. Lc 10, 29-37) e nas palavras do capítulo 25 do Evangelho de Mateus (cf. vv. 31-46). Não é ideologia religiosa, são raízes cristãs concretas.
Pedido a Nossa Senhora
O Papa encerrou seu discurso rezando a Nossa Senhora "para que nos abra os olhos aos sofrimentos dos irmãos".