Popularmente chamado de "número 2" do Vaticano, o cardeal secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin, foi diagnosticado com covid-19, assim como seu vice, o arcebispo venezuelano dom Edgar Peña Parra.
Dom Parolin apresenta sintomas leves, enquanto dom Peña Parra está assintomático. Devido aos cargos que exercem, ambos são, obviamente, colaboradores muito próximos do Papa Francisco.
Os dois secretários estão guardando o isolamento obrigatório, cada um no seu respectivo apartamento.
O próprio cardeal Parolin assinou recentemente um decreto que determina novas medidas rígidas de combate à pandemia, como a exigência, aos funcionários vaticanos, de comprovar que tomaram a vacina ou que se recuperaram da covid-19 para poderem acessar os seus locais de trabalho. As mesmas regras valem para colaboradores externos e visitantes, assim como o uso de máscaras do tipo FFP2 ou KN95 em todos os ambientes fechados do território vaticano.
De acordo com o decreto assinado pelo "número 2" do Vaticano, as regras respondem "ao agravamento da atual situação de emergência sanitária e à necessidade de adotar medidas adequadas para combatê-la e garantir a realização segura das atividades".
As excepcionais medidas mais rígidas vigorarão por prazo indeterminado, dada a presente onda de novas contaminações causadas pela variante ômicron. Embora impeçam a circulação de pessoas que não foram vacinadas nem se recuperaram de covid-19, elas não obrigam os funcionários vaticanos a se vacinar. De fato, em dezembro de 2020, a Congregação para a Doutrina da Fé estabeleceu, em sua instrução sobre a aceitabilidade das vacinas contra a covid-19, que "a vacinação não é uma obrigação moral e, por conseguinte, deve ser voluntária", muito embora enfaticamente recomendada pelo Papa Francisco.