Um astrônomo do Observatório do Vaticano, juntamente com seus colegas, encontrou um novo membro do sistema solar orbitando além do planeta Netuno. Este “objeto transnetuniano” (ou “TNO”) foi chamado de “2021 XD7”.
De fato, ele foi observado pela primeira vez pelo Pe. Richard Boyle, em 3 de dezembro de 2021. O astrônomo utilizou o Telescópio de Tecnologia Avançada do Vaticano (VATT) no Arizona (EUA).
O astrônomo e astrofísico lituano Kazimieras Černis analisou os dados do VATT para a descoberta. Peter Veres, do Minor Planet Center da União Astronômica Internacional, calculou a órbita do objeto usando observações que Boyle adquiriu ao longo do tempo.
Observatório do Vaticano
Veres também é ex-aluno da Escola de Verão do Observatório do Vaticano para jovens astrônomos profissionais. O curso é regularmente realizado na sede do Observatório em Castel Gandolfo, perto de Roma. Veres frequentou a escola em 2007.
O primeiro TNO descoberto foi Plutão. Ele, originalmente, foi classificado como planeta, mas agora é considerado um planeta anão.
Assim como Plutão, o TNO 2021 XD7 tem uma órbita excêntrica que é significativamente inclinada em relação às órbitas da Terra e outras órbitas de planetas do sistema solar.
O 2021 XD7 leva cerca de três séculos para completar uma órbita ao redor do sol. Por causa de sua grande distância, pouco se sabe atualmente sobre o objeto, mas certamente ele é muito menor do que Plutão.
O telescópio do Vaticano
O Telescópio de Tecnologia Avançada do Vaticano, também conhecido como Telescópio Alice P. Lennon, foi construído na década de 1990. Os telescópios mais antigos do Observatório do Vaticano, localizados em Castel Gandolfo, tornaram-se menos úteis para pesquisas astronômicas, devido à poluição luminosa de Roma.
O VATT é um telescópio de tamanho moderado, com “Tecnologia Avançada”, sendo o primeiro telescópio a ser construído com métodos inovadores desenvolvidos na Universidade do Arizona.
Pe. Boyle estava usando o telescópio com sua câmera “VATT4k” quando encontrou o TNO 2021 XD7. Esta é uma câmera astronômica especialmente projetada para levantamentos fotométricos e para observar objetos fracos. Funciona de maneira semelhante a câmeras digitais e câmeras de telefones celulares, mas foi otimizado para obter uma sensibilidade notável.