No Evangelho da mulher adúltera (João 8, 1-11), Jesus estava ensinando o povo quando se aproximaram dele os escribas e os fariseus. Traziam uma mulher que havia sido flagrada em adultério. Querendo colocar Jesus à prova, disseram que neste caso Moisés havia dito que a mulher que cometesse tal pecado deveria ser apedrejada. E agora queriam saber o que Ele diria diante desta situação.
Conhecendo os pensamentos deles, Jesus não se apressou em responder, em vez disso, inclinou-se e começou a escrever com o dedo na terra.
Os escribas e fariseus insistiram na pergunta. Até que Jesus disse-lhes: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra” (v. 7)
Enquanto Jesus voltou a escrever na terra, os acusadores foram se afastando.
Se os escribas e os fariseus enxergaram o erro, Jesus viu o ser humano. O olhar amoroso dEle não via o pecado, mas sim a pecadora. Claro que a atitude dela, de cometer o pecado, não foi aprovada por Jesus, mas o pecado não tirou sua condição de filha de Deus e, por isso, merecedora da misericórdia.
E depois que a mulher ficou sozinha perto de Jesus, o Evangelho prossegue: “Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?” Respondeu ela: ‘Ninguém, Senhor.’ E Jesus então lhe disse: ‘Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar”.
A atitude de Jesus mostra uma mensagem de acolhimento, enquanto os “acusadores” promovem a exclusão. Jesus anuncia uma mensagem de amor, compaixão e misericórdia. Mesmo para aqueles que caíram no pecado. O que ele pede é que não tornemos a pecar.
Afinal foi o próprio Jesus que disse: “Não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes.” E completa: “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mateus 9,12-13).