É hoje, Quarta-Feira de Cinzas, 2 de março de 2022, o especial dia de jejum e oração convocado pelo Papa Francisco em favor da paz na Ucrânia. Por ser Quarta-Feira de Cinzas, já é por preceito um dia de jejum, que o Papa nos pede que, nesta ocasião, dediquemos a Deus particularmente por essa intenção urgente.
Francisco fez esta convocação no último dia 23 de fevereiro, ao final da audiência geral das quartas-feiras. Naquele dia, o Papa declarou:
De fato, o ataque russo começaria já no dia seguinte, quinta-feira, 24 de fevereiro.
Na véspera, ao propor a jornada de jejum e oração, Francisco havia renovado o seu apelo "a quantos têm responsabilidades políticas, para que façam um sério exame de consciências perante Deus, que é o Deus da paz e não da guerra, que é o Pai de todos e não apenas de alguns, que quer que sejamos irmãos e não inimigos. Peço a todas as partes envolvidas que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional".
Regime russo não quis ouvir
O apelo, tragicamente, não foi ouvido.
O Papa deixou claro, durante aquela audiência, que se dirigia "a todos, crentes e não crentes", já que "Jesus nos ensinou que se responde à insensatez diabólica da violência com as armas de Deus, com a oração e o jejum". Ainda assim, pediu em especial aos crentes que, nesta Quarta-Feira de Cinzas, "se dediquem intensamente à oração e ao jejum" e peçam que "a Rainha da paz preserve o mundo da loucura da guerra".
O Papa e a Igreja agem
Francisco já tinha convocado uma jornada de oração pela paz também na quarta-feira 26 de janeiro e, mesmo antes, já havia feito menção em diversas ocasiões à preocupante crise entre Rússia, Ucrânia e países ocidentais.
Uma vez que o conflito se concretizou, ele foi pessoalmente à embaixada russa junto ao Vaticano para interceder pela Ucrânia. Francisco também se prontificou a mediar o conflito para que se determine o cessar-fogo e para as autoridades envolvidas retomem negociações pela via diplomática. Enquanto isso, a Igreja Católica tem agido dentro e fora da Ucrânia para socorrer a população vitimada por mais uma guerra estúpida.