O padre salesiano mais velho do mundo morreu 107 anos na manhã desta terça-feira, 12 de abril, em São Paulo.
Pe. Ladislau Klinicki nasceu em Kursk, na Rússia, em 1914. Fez a profissão religiosa como salesiano em 1934 e, em 1942, quando estava em Roma, caiu prisioneiro de soldados nazistas juntamente com seus companheiros de congregação. Conforme relatou no livro de memórias "A um Passo da Morte", passou cinco anos em campos de concentração nazistas, período em que "a maior ajuda espiritual, para nós, foi a confiança na misericórdia de Deus e a oração".
Vários anos após o término da II Guerra Mundial, veio para o Brasil em 1968 e passou a trabalhar pastoralmente em várias cidades do Estado de São Paulo. Durante dois anos, foi capelão dos poloneses no bairro paulistano do Bom Retiro. Depois ficou sete anos em Lavrinhas, onde foi professor e confessor dos aspirantes salesianos. Em Americana, foi vigário paroquial durante um ano na paróquia São João Bosco, voltando então a trabalhar, durante mais dez anos, com os aspirantes em Pindamonhangaba. Voltou para Lavrinhas, onde ficou mais dois anos, e, em 1990, retornou à cidade de São Paulo, onde passou a fazer parte da comunidade Santa Teresinha, dedicando-se ao ministério de confessor.
Ao completar 100 anos de idade, testemunhou:
Em 2018, a arquidiocese de São Paulo concedeu ao pe. Ladislau a medalha São Paulo Apóstolo por seus serviços sacerdotais. O cardeal arcebispo dom Odilo Pedro Scherer, aliás, foi quem celebrou neste dia 12, na paróquia Santa Teresinha, as exéquias do sacerdote, cujo corpo foi em seguida sepultado no cemitério do Santíssimo Sacramento.
Durante a Santa Missa de corpo presente, foi lida para os fiéis uma mensagem do inspetor dos salesianos de São Paulo, pe. Justo Ernesto Piccinini, que assim se manifestou sobre o legado do salesiano mais idoso do mundo:
