Hoje, ao ver uma foto, confesso que senti saudades de mim. Senti saudade de quem eu era, do brilho que havia nos meus olhos e da simplicidade que havia em minha vida. Era possível ver Deus nos meus olhos.
A foto me fez perceber o quanto eu já me perdi de mim. Me fez perceber as brechas que eu dei para que a vida e tudo que faz parte dela me roubassem pouquinho a pouquinho de mim.
Fui tirada de mim mesma quando tive e aceitei relacionamentos falidos, quando não fiz as escolhas certas, quando eu poderia ter agido da forma mais simples e pelo caminho mais difícil, mas optei por seguir a estrada mais fácil. Só por ser mais fácil. Porque o difícil não nos atrai.
Uma questão de simplicidade
Percebi olhando para essa foto de oito anos atrás que, quando perdemos a simplicidade, nós não temos absolutamente nada. As coisas “não simples” começam a ser rotineiras. Um café, um almoço, um jantar mais robusto começam a ser coisas básicas. Não agradecemos mais e, quando sentamos à mesa, não conversamos.
Ficamos todos ligados 24 horas por dia na tela do celular. Simplesmente o que era simples e grandioso se torna rotineiro e pequeno.
Perdemos o brilho nos olhos, passamos a ficar cegos para as coisas mais simples. E são as coisas mais simples que nutrem a nossa vida. É nas coisas simples que encontramos o sentido.
Querer-se de volta
Hoje, eu chorei. Não por arrependimento. Não por orgulho. Chorei porque eu percebi que me quero de volta. Quero o brilho, quero a simplicidade, quero o sol, e quero que Deus não saia mais do meu olhar.
G.K Chesterton disse certa vez: “A coisa mais extraordinária do mundo é um homem comum, uma mulher comum e seus filhos comuns.”
Os olhos são a janela da alma. Então, que meus olhos voltem a brilhar.
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