O aguardado encontro do Papa Francisco com o patriarca Kirill, da Igreja Ortodoxa Russa, pode finalmente ocorrer em setembro, "caso as circunstâncias o permitam".
Francisco vem manifestando a vontade de encontrar pessoalmente o patriarca russo desde o início da guerra movida pelo regime de Vladimir Putin contra a Ucrânia. Kirill se declara publicamente um aliado de Putin. Vaticano e Patriarcado de Moscou chegaram a tentar organizar o encontro, que foi adiado sem data.
O próprio Francisco falou do adiamento do encontro entre papa e patriarca, durante uma entrevista concedida em abril ao jornal La Nación, da Argentina:
A Sala de Imprensa da Santa Sé havia anunciado, também em abril, que o Papa pretendia participar de um congresso inter-religioso no Cazaquistão, país vizinho da Rússia, notícia que veio a ser confirmada pelo presidente do país, Kassym-Jomart Tokayev. Kirill também confirmou presença no mesmo encontro, segundo informações do embaixador do Cazaquistão em Moscou, Yermek Kosherbayev.
É no contexto desse encontro inter-religioso agendado para 14 e 15 de setembro na capital cazaque, Nur-Sultan, que Francisco e Kirill podem vir a conversar presencialmente.
O Cazaquistão já tinha sido levado em consideração como possível local neutro para um encontro entre o papa e o patriarca ortodoxo. Outra possibilidade era a Terra Santa, aproveitando a viagem apostólica de Francisco ao Líbano em junho - mas esta viagem será provavelmente adiada devido ao tratamento a que o Papa Francisco está sendo submetido por causa das severas dores no joelho.