Os bispos da Coreia têm reforçado os pedidos por agilidade no processo de canonização de 81 mártires coreanos que foram assassinados por comunistas durante a Guerra da Coreia.
Atualmente, os mártires são venerados como servos de Deus e, em sua trajetória rumo à canonização, ainda precisarão passar pela etapa de beatificação.
A fim de promover a causa, a comissão episcopal se reuniu neste último 7 de junho em assembleia especial, vindo a declarar que esses fiéis assassinados foram testemunhas modernas e contemporâneas da fé.
Entre eles estão 49 sacerdotes, 23 leigos, 7 religiosos e um bispo, dom Francis Hong Yong-ho, todos torturados e mortos pelas tropas comunistas, alguns antes e outros durante e até depois da guerra de 1950 a 1953.
Dom Francis foi bispo de Pyongyang, capital da atual Coreia do Norte. Ele havia sido ordenado sacerdote em 1933, no Japão, e, em 1944, recebeu também a ordenação episcopal para assumir o Vicariato Apostólico de Pyongyang. Foi preso pelos comunistas em 1949, quando tinha 43 anos de idade, vindo então a "desaparecer" - como é típico dos regimes ditatoriais contra aqueles a quem consideram seus inimigos. O corpo de dom Francis nunca foi encontrado. Em 2014, a Santa Sé aceitou o seu processo de canonização, o que fez deste bispo mártir o primeiro norte-coreano oficialmente a caminho dos altares.
Como os 81 mártires procediam de diversas dioceses, o episcopado coreano iniciou um estudo preliminar em cada diocese. Em 2013, confiaram à arquidiocese de Seul a elaboração do pedido preliminar de canonização.
Poucos meses depois, uma comissão do governo sul-coreano descobriu que mais de mil cristãos haviam sido torturados e assassinados em direta decorrência do ódio comunista contra a fé.
A Coreia tem uma longa história de martírio em nome da fé. Confira: