O ministro Orlando Jorge Mera, que respondia pela pasta de Meio Ambiente na República Dominicana, foi brutalmente assassinado por um amigo de infância no último dia 6 de junho, dentro do seu próprio gabinete.
O assassinato de Orlando Jorge despertou ampla comoção na República Dominicana - e não somente pelas circunstâncias chocantes: o ministro tinha 55 anos, era filho de um ex-presidente, irmão de uma vice-ministra, esposo da embaixadora da República Dominicana no Brasil e pai de um promissor deputado jovem.
Filha consagrada do ministro assassinato gera surpresa
Mas uma notícia que também chamou atenções além das fronteiras dominicanas foi o fato de que o ministro tem uma filha religiosa, a irmã Patricia Victoria, dos Arautos do Evangelho, que se consagrou depois de ter vindo morar no Brasil como estudante da entidade.
A seu respeito, o jornal dominicano Listín Diario publicou em 9 de junho: "Muita gente ficou curiosa e surpresa ao saber da existência de Patricia Victoria Jorge Villegas, filha de Orlando Jorge Mera, especialmente por causa da vestimenta usada pela jovem, consagrada a serviço dentro da Igreja Católica através dos Arautos do Evangelho". Na véspera, outro veículo daquele país, o Diario Libre, havia registrado que "uma das filhas [de Orlando Jorge Mera], Patricia Victoria Jorge Villegas, deixou uma mensagem de esperança".
De fato, após a homenagem ao pai realizada na capela do Palácio Presidencial no último dia 7, a jovem foi consolada pelo presidente da República, Luis Abinader, e por sua esposa, que lhe ofereceu um lenço para enxugar as lágrimas.
Testemunhos da irmã Patricia comovem internautas
Não tardou para que viralizasse nas redes sociais um vídeo em que a irmã Patricia conta a sua vida. Uma de suas declarações que repercutiram na mídia foi a respeito da descoberta do chamado de Deus:
Internautas manifestaram solidariedade à religiosa e lhe ofereceram orações. Vários também a parabenizaram pela sua consagração. E não faltaram, entre os comentários, os que queriam saber como estava a jovem após a tragédia em torno ao ministro assassinado.
Ela mesma se pronunciou, depois da missa de exéquias do pai no dia 8, agradecendo aos bispos e sacerdotes presentes e declarando:
No cemitério, a jovem reforçou:
Segundo o portal de notícias Gaudium Press, a irmã Patricia se disse agradecida ao pai por ter-lhe transmitido a fé católica e por ter respeitado a sua consagração a Deus, muito embora o ministro tivesse admitido, certa vez, que aceitar a vocação da filha tinha sido "a sua mais dolorosa renúncia".