O Reino Unido anunciou sanções contra o Patriarca Kirill, aliado de Vladimir Putin. O controverso líder da Igreja Ortodoxa Russa se manifestou oficialmente favorável à guerra que o regime de Moscou está movendo há 4 meses contra a vizinha Ucrânia.
Kirill não é o único sancionado: ele está na nova lista que o governo britânico anunciou nesta quinta-feira, 16 de junho, junto com outros nomes como o de Maria Lvova-Belova, comissária russa para os direitos da criança. Ela é acusada de permitir a retirada violenta de 2.000 menores vulneráveis das regiões de Luhansk e Donetsk, bem como de articular a nova política russa de facilitação de adoções forçadas. Também estão na mira da nova rodada britânica de sanções o deputado moscovita Sergey Savostyanov e o presidente do conselho da empresa de transportes Volga-Dnepr, Alexey Isaykin.
O patriarca de Moscou foi sancionado especificamente "por seu notório apoio à agressão militar russa na Ucrânia". Segundo Liz Truss, secretária britânica de Relações Exteriores, o líder ortodoxo russo "abusou repetidamente da sua posição para justificar a guerra". Em comunicado, a secretária declarou:
A Comissão Europeia já tinha imposto sanções a Kirill em maio, deplorando particularmente uma série de sermões do patriarca em favor da guerra e das bênçãos que ele deu aos soldados russos que lutam na Ucrânia.
O Papa Francisco reprova a postura de Kirill
No mesmo mês de maio, o Papa Francisco havia alertado publicamente o patriarca para não se transformar em "coroinha de Putin". O patriarcado de Moscou não gostou da crítica; confira a repercussão:
Apesar do atrito, permanece possível um encontro do Papa Francisco e do patriarca de Moscou em setembro: