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A fé não é uma representação, mas uma relação viva com o Esposo

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Pe. Luigi Epicoco - publicado em 08/07/22
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A nossa religião não tem a ver com práticas de atuação, mas pede-nos que cultivemos uma relação real com Jesus

Enquanto os escribas e os fariseus estão a implicar com Jesus, podemos sentir-nos seguros de que lado estamos porque nos convencemos – erradamente – de que os escribas e os fariseus são todos maus.

Acreditar nisso é ignorar o fato de que muitos dos discípulos de Jesus virão destas mesmas fileiras e é uma ideia superficial pensar que existe uma categoria de pessoas antipáticas contra as quais Jesus ataca. A mensagem de Jesus atinge uma certa mentalidade e não uma certa linha de pessoas. Mas no Evangelho abaixo (Mateus 9, 14-17) as coisas complicam-se porque a crítica a Jesus vem dos discípulos de João Batista:

Pouco importa de onde vem, certo raciocínio está sempre errado porque parte de uma abordagem distorcida: Deus seria conduzido pelo nosso desempenho religioso. Deste modo, o que desaparece é precisamente a relação pessoal com o Senhor que é o único critério de discernimento que nos permite decidir o que fazer e o que não fazer.

A religião cristã não se baseia em práticas religiosas, mas 'no Esposo', ou seja, na pessoa de Jesus Cristo. Ele é o critério de discernimento de tudo. A questão é se estamos satisfeitos com as práticas religiosas ou se temos realmente um desejo profundo de basear as nossas vidas na pessoa de Jesus Cristo. Para tal, temos de aprender a rezar realmente, ou seja, a cultivar uma relação real com Ele.

Evangelho de Mateus 9, 14-17

Então os discípulos de João, dirigindo-se a ele, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?" Jesus respondeu: Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão. Ninguém põe um remendo de pano novo numa veste velha, porque arrancaria uma parte da veste e o rasgão ficaria pior. Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam.

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