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A agenda atarefada do Papa para o segundo semestre

DURING POPE FRANCIS mass for the 10th World Meeting of Families
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I. Media - publicado em 04/08/22
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O estado de saúde e a disposição de Francisco após a viagem ao Canadá foram indicadores utilizados pela Santa Sé para definir a nova agenda do Papa, que inclui mais viagens e um consistório

O Papa Francisco, que recentemente admitiu que não consegue manter "o mesmo ritmo de viagem de antes", está, no entanto, preparando meses cheios de compromissos, a começar no final de agosto de 2022. Além de três viagens à Itália e um consistório, o pontífice visitará o Cazaquistão e ainda está planejando honrar sua promessa de ir a Kiev.

O estado de saúde e a disposição do Papa Francisco logo após o retorno da longa viagem ao Canadá foram indicadores utilizados pela Santa Sé para definir a nova agenda do Papa. O Arcebispo Paul Richard Gallagher, o chefe da diplomacia do Vaticano, anunciou que os planos do pontífice - em particular a viagem à capital ucraniana - dependiam em grande parte de sua capacidade de superar a última jornada apostólica.

Os bastidores da viagem ao Canadá

A viagem de mais de 20.000 km sobre o Atlântico foi planejada de uma forma que evitasse o cansaço desnecessário para o Papa, que sofreu muito com seu joelho este ano. Assim, todos os deslocamentos foram feitos em um único avião da ITA Airways, especialmente equipado para o pontífice. Não houve nenhum vôo de helicóptero e todos os deslocamentos de carro foram limitados a uma hora. Os assistentes do Papa também recomendaram o uso sistemático da cadeira de rodas. Além disso, a agenda contemplava períodos de descansos entre os compromissos.

No voo de volta para Roma, o Papa de 85 anos sugeriu que esses cuidados poderiam se tornar normas a partir de agora. "Acredito que na minha idade, e com estas limitações, tenho que me poupar um pouco para poder servir a Igreja, ou pelo contrário, pensar na possibilidade de me colocar de lado", acrescentou ele. "Por enquanto, nada muda", assegurou o Papa, antes de concluir: "mas veremos o que minha perna me diz".

Agenda lotada

Três dias depois do retorno a Roma o Papa anunciou uma próxima viagem, que será ao Cazaquistão, a quase 5.000 km de distância. O Papa descreveu sua visita a Nur-Sultan para um congresso inter-religioso como uma "viagem tranquila". A programação da visita, de fato, não inclui nenhuma viagem fora da capital do Cazaquistão.

Entretanto, a próxima grande viagem internacional do Papa é parte de uma agenda já cheia. No dia 27 de agosto, Francisco estará em Roma para um consistório durante o qual ele criará 20 novos cardeais. No dia seguinte, viajará para L'Aquila, a 100 km de Roma, para a cerimônia do jubileu do Perdão Celestino. Em 4 de setembro, ele deverá presidir a missa de beatificação de João Paulo I em Roma.

No final de setembro, depois do Cazaquistão, Francisco viajará duas vezes dentro da Itália: para Assis, na Úmbria, por ocasião da cúpula "A Economia de Francisco", e depois a Matera, para o Congresso Eucarístico Nacional.

Enquanto isso, o projeto de uma viagem a Kiev, que está na agenda, apesar de ainda não ter oficialmente uma data, pode ser concluído. Uma viagem que parece complicada, como explicou o bispo Gallagher - que fez pessoalmente a viagem em maio passado - em uma entrevista ao portal Katholisch.de.

"Não é fácil chegar a Kiev ou Lviv", explicou o Secretário de Relações de Estado, referindo-se a uma "longa viagem" de dois dias para o Papa, que não seria apenas de avião, mas também "de carro ou trem". "Acho que o Papa quer resolver este problema o mais rápido possível", insistiu ele.

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