Dos meus quatro filhos, tenho dois que estão em idade de namorar – felizmente, meu filho de 17 anos está mais interessado em cantar, então tenho um descanso por um tempo. Mas minha filha e meu filho mais velhos já namoraram algumas pessoas e eu tive o prazer de conhecê-las.
E digo “o prazer de conhecê-las” no sentido de que fiquei feliz por meus filhos sentirem que podiam me apresentar seus primeiros amores. Isso já é um grande passo. Afinal, tenho visto que cada vez mais os filhos não se preocupam em apresentar os pretendentes à família. É de partir o coração...
Para conhecer as novas pessoas na vida dos meus filhos, elaborei uma espécie de guia de regras, e isso me ajudou quando me vi um pouco ansiosa com as escolhas deles. Afinal, antes dos filhos se casarem, os pais têm a responsabilidade de guiá-los pelo caminho certo. E com alguns anos de navegação nessa situação, espero que minhas experiências possam te ajudar!
1. Mantenha as expectativas sob controle
Este foi particularmente o caso de minha filha quando ela conheceu seu namorado, que estudava bateria em uma universidade na Austrália. Sim, Austrália, apenas alguns milhares de quilômetros entre eles. O que poderia dar errado? Ela estava apaixonada por seus cachos, suas habilidades musicais e seus olhos verdes.
No entanto, eu fiquei particularmente preocupada, pois o rapaz tinha ambição zero e ele não me olhou nos olhos quando conversou comigo.
Porém, tive que me lembrar que eles eram jovens e que nem todo mundo vai corresponder às minhas expectativas. O que considero a pessoa perfeita para minha filha talvez não seja o que ela precisa ou quer.
2. Levante as preocupações com diplomacia
A única coisa que você nunca sabe sobre relacionamentos é para onde eles irão. Eu tinha certeza que aquele baterista não duraria para sempre. Mas, e se eles tivessem continuado a namorar? Se eu tivesse dito à minha filha o que eu realmente pensava e eles tivessem ficado juntos? Certamente, nosso relacionamento teria sido arruinado. Portanto, se há preocupações, há maneiras de tratá-las com delicadeza e sabedoria.
Às vezes, temos o costume de não dizer exatamente o que queremos dizer. Acho que isso vem do fato de não querermos ferir os sentimentos das pessoas. E acho que isso também ajudou a lidar com pretendentes indignos. Por exemplo, eu nunca disse à minha filha (que já estava planejando seu futuro junto com o rapaz) que eu não estava muito contente com seu namorado.
Em vez disso, apontei algumas coisas concretas. Exemplo: eles raramente iriam ver suas famílias, pois morariam longe. Argumentei que isso era uma pena, já que a família é muito importante. Enfatizei ainda que tenho sorte de estar perto da minha família, que não há nada como grandes reuniões familiares e que eu adoraria isso para ela.
Não era uma questão de tentar manipulá-la, como já vi alguns pais tentarem fazer. Era mais uma questão de fazê-la questionar o que ela realmente queria. E acho que essa é a melhor maneira de lidar com suas preocupações em relação aos filhos. Crie-os de uma maneira que faça com que eles também se questionem. Crie-os com gentileza, não com críticas. Porque se você for longe demais, pode correr o risco de empurrar seu filho para mais perto da pessoa que você quer que ele deixe.
3. Esteja lá para consolar
Quando o músico não muito gentilmente largou minha filha, ela ficou muito triste. Seu coração estava completamente partido. Ela uivava à noite de dor. Como mãe, você nunca quer ver um filho ou filha sofrer, e devo admitir: eu não estava me sentindo muito caridosa com seu ex de olhos verdes naqueles dias.
Quando isso acontecia com outros amigos meus pais, eu os via dizer coisas como “bem, eu nunca gostei de XYZ sobre ele”. Eu odeio essa abordagem, porque faz seu filho se sentir tolo por amar aquela pessoa.
Em vez disso, é importante ser um ouvinte amoroso. Não vá pelo caminho do “oh, há muito mais peixes no mar”. Lembre-se, para a sua filha, aquele era o peixe maravilhoso e glorioso com quem ela queria nadar nos oceanos.
Deixe seus filhos explicarem o que eles amavam naquelas pessoas. Então, quando você tiver coragem, pergunte o que eles não gostavam nelas. Com o tempo, essa lista de prós e contras logo favorecerá o lado dos “contras”. Mas, novamente, seja gentil. Apenas ajude seu filho a perceber que, quando amamos alguém, só vemos os aspectos positivos, e isso é normal. No entanto, incentive-o a aprender com essa experiência.
4. E se eles ficarem juntos...
Se o seu filho acabar ficando ou até se casando com a pessoa que você não gosta muito, então você tem que abraçar todos os aspectos positivos de seu futuro genro ou futura nora. Você tem que orar para que ele/ela seja um parceiro(a) ideal para seu filho ou sua filha. E você pode ser parte integrante dessa facilitação, sendo gentil com ele ou ela. Lembre-se, que essa pessoa pode ser a mãe ou o pai de seus futuros netos, e não há nada como a família!