As exéquias do Cardeal Tomko
O cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio cardinalício, presidiu a missa fúnebre do cardeal Jozef Tomko, falecido no dia 8 de agosto em Roma aos 98 anos. As exéquias foram realizadas na manhã de 11 de agosto, no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro. O Papa Francisco estava presente presidiu o rito final da Ultima Commendatio e da Valedictio, segundo informa Vatican News.
Na sua homilia o cardeal Battista Re recordou “toda a longa e intensa vida útil do cardeal Tomko foi consagrada ao serviço de Deus e de seus irmãos, e quase inteiramente dedicada ao serviço na Cúria Romana. Ao longo dos anos ele recebeu inúmeros cargos, os quais sempre considerou um ‘chamado para servir’”.
“Com ele desaparece uma figura que fez honra à Cúria Romana pela sólida fé que o caracterizava, por sua genuína espiritualidade, seu animado "sensus Ecclesiae", o grande equilíbrio em seus julgamentos, sua calma, bom senso, amabilidade e gentileza”.
Testamento
Em seu testamento espiritual redigido em 26 de fevereiro de 2007, o cardeal Tomko afirma que o ministério desenvolvido por ele como prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos "tinha tomado posse de seu coração".
"Sentia este serviço como uma contribuição para a construção e crescimento do Corpo Místico da Igreja e amava as jovens igrejas missionárias com toda sua beleza e fragilidade: as celebrações, os bispos e os missionários, os seminaristas, as religiosas, o povo muitas vezes pobre. Foi muito lindo labutar e sofrer por esta Igreja missionária viva!” (De seu testamento espiritual)
Na conclusão da homilia, o cardeal Giovanni Battista Re afirmou:
“Em oração, confiamos este nosso irmão a Deus, para que na imensidade de seu amor Ele lhe dê aquela alegria e paz, que ele ganhou através de seu serviço fiel e generoso à Igreja, ao Papa e à Santa Sé”
A Igreja Sinodal, segundo o arcebispo de São Paulo
A Igreja sinodal e seu caminho de comunhão, conversão e renovação missionária foram destaques no “Encontro com o Pastor” da quinta-feira, 11, apresentado pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer.
Inicialmente, Dom Odilo recordou a memória litúrgica de Santa Clara de Assis, irmã de São Francisco. “Santa Clara, junto a São Francisco, acolheu o ideal franciscano da vida segundo o Evangelho, na pureza e na pobreza”, afirmou. O Arcebispo explicou ainda que a Ordem das Clarissas, proveniente da Santa, é uma ordem feminina contemplativa, que tem como finalidade “ajudar as pessoas a encontrarem Deus”.
A conclusão do curso anual de aprofundamento teológico e pastoral do clero arquidiocesano foi destaque no programa. Dom Odilo afirmou que foram tratados os diversos aspectos e implicações da Igreja sinodal, e frisou que a comunhão, conversão e renovação missionária constantes são qualidades que devem marcar uma Igreja sinodal.
Igreja em comunhão
Aos ouvintes, Dom Odilo explicou que uma Igreja em comunhão é aquela que não é dividida e não se dispersa, “mas que caminha junto com Jesus” e que tem consciência de estar na história.
Sobre a conversão, o Arcebispo frisou que “a Igreja precisa estar sempre se convertendo de novo a Jesus Cristo e ao Evangelho”, e que este processo ajuda na caminhada eclesial.
“É a condição para que a Igreja viva e traga sempre novos frutos e não envelheça”, assim definiu a renovação missionária, afirmando que a Igreja deve estar sempre atenta aos novos apelos.
Dia dos pais
Por fim, Dom Odilo falou sobre o dia dos pais, a ser comemorado no próximo domingo, 14. “É importante valorizar a figura do pai e os pais valorizarem-se diante dos filhos”, afirmou, destacando ainda que a figura do pai é fundamental para uma educação equilibrada dos filhos.
O Arcebispo conclamou os pais a participarem das missas dominicais junto às famílias.