A liturgia deve ser alegre, mas não como uma festa mundana, afirmou o Papa Francisco neste 1º de setembro, durante audiência com os membro de uma associação italiana de professores de liturgia.
Francisco afirmou:
E completou:
Neste sentido, o Papa destacou a importância de "manter-se à escuta das comunidades cristãs", porque "o Povo de Deus, do qual fazemos parte, precisa sempre ser formado, crescer, mas possui em si mesmo esse senso de fé, o 'sensus fidei', que o ajuda a discernir o que vem de Deus e que realmente o leva a Ele, inclusive na esfera litúrgica".
Francisco pediu harmonia entre a dimensão acadêmica e a dimensão pastoral, com foco em "uma visão elevada da liturgia", mas que "não se reduza a examinar detalhes de rubrica".
Recordando a sua carta apostólica "Desiderio desideravi", sobre a formação litúrgica, o Papa reforçou a necessidade de "canais adequados para um estudo da liturgia que ultrapasse o âmbito acadêmico e chegue ao povo de Deus":
Desta perspectiva, o Papa criticou o que chamou de "restauracionismo mundano disfarçado de liturgia e teologia", denominando esse movimento de "indietrismo": o neologismo vem do advérbio italiano "indietro", que significa "para trás".
Em contraposição a essa tendência, Francisco pediu que o estudo da liturgia "seja imbuído de oração e experiência viva da Igreja que celebra, de modo que a liturgia 'pensada' possa fluir sempre, como de uma linfa vital, da liturgia vivida".