Segunda-feira, 19 de Setembro de 2022
1Camarões: uma igreja incendiada, cinco sacerdotes e uma freira raptados
Cinco padres católicos, uma freira e dois fiéis foram raptados por assaltantes desconhecidos que atearam fogo à Igreja de Santa Maria em Nchang na sexta-feira, na província de Bamenda, nos Camarões, a Igreja Católica local anunciou no domingo. A violência é comum na região, mas os bispos disseram que o sequestro foi "completamente sem precedentes" na sua escala. As regiões do Noroeste e Sudoeste, povoadas principalmente pela minoria anglófona de Camarões, têm sido palco de um conflito mortal durante quase seis anos - a chamada "crise anglófona" - entre grupos armados que exigem a independência de um Estado a que chamam "Ambazonia" e as forças de segurança do Presidente Paul Biya, 89 anos, que governa os Camarões com mão de ferro há quase 40 anos, explica a AFP. Ambos os lados são regularmente acusados por ONGs de cometerem atrocidades contra civis. O Papa Francisco tem desejado regularmente ao país uma "paz verdadeira e duradoura", como durante a oração Regina Caeli de 24 de Abril de 2022. O Cardeal Secretário Pietro Parolin também defendeu a paz durante uma visita ao país em Janeiro de 2021. Embora o conflito tenha deixado mais de 6.000 pessoas mortas desde o final de 2016, os bispos de língua inglesa e francesa continuam a apelar a uma solução pacífica. Em Abril passado, organizaram uma peregrinação nacional a um santuário mariano, para a qual convidaram as autoridades estatais, com uma palavra de ordem: rezar pela reconciliação.
TV5 Monde, francês
2Vaticano: os perfis dos cardeais eleitores em questão
O jornal americano Crux propõe um exercício interessante, uma vez que o Papa Francisco acaba de criar 16 novos eleitores cardeais, os homens que serão encarregados de eleger o seu sucessor caso ele morra ou renuncie. Como sabemos, após os 80 anos, os membros do Colégio dos Cardeais perdem o seu direito de participar no conclave. Assim, todos os anos, uma média de dez cardeais são naturalmente "excluídos" deste colégio pela força da idade… Ao fazer um cálculo rápido, Crux conclui que, no próximo ano, o número de eleitores será precisamente 120. Este número é o limite máximo estabelecido por São Paulo VI em 1975. Embora os papas por vezes excedam este número, tentam ficar perto dele, tanto por razões práticas como espirituais. O relato nos Atos dos Apóstolos diz que havia cerca de 120 discípulos quando escolheram um sucessor de Judas, um dos doze apóstolos que traiu Jesus. Assim, em Setembro de 2023, quando o Papa tiver 86 anos e o fim do sínodo sobre a sinodalidade estiver próximo, haverá 120 cardeais - a menos que o pontífice decida entretanto criar mais. O jornalista assinala que dos 11 que farão 80 anos este ano, sete são italianos. A queda do "partido italiano" irá, portanto, acelerar. A América do Norte terá 14 cardeais (mais do que a Itália), Europa 45, América do Sul 21, assim como a Ásia; África 16 e Oceânia 3. Crux observa que a Europa continuará a estar sobre-representada com 37,5% dos eleitores cardeais, enquanto o Velho Continente representa agora apenas cerca de 20% dos católicos.
Crux, inglês
3E TAMBÉM NA IMPRENSA INTERNACIONAL...
Deputada italiana busca apoio entre bispos conservadores no Vaticano
A deputada Giorgia Meloni, chefe do partido de extrema-direita Fratelli d'Italia, procura o apoio dos prelados conservadores no Vaticano na véspera das eleições parlamentares.
La Repubblica, italiano
Papa visitará o Sudão do Sul em Fevereiro
Após o cancelamento da sua viagem em Julho, o Vaticano reagendou a visita do pontífice ao país, provisoriamente para Fevereiro de 2023.
EyeRadio, inglês
Por que o cardeal de Singapura poderia tornar-se o próximo papa
Enquanto o Cardeal filipino Luis Antonio Tagle continua a ser cotado como próximo papa, o Arcebispo de Singapura, Cardeal William Goh, está a emergir como mais um desafiante asiático.
Catholic Herald, inglês